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Vai investir num negócio próprio? Veja dicas para desenvolver a veia empreendedora

É pré-requisito para quem pensa em tocar uma empresa

02/06/2017 - 06h02min

Atualizada em: 02/06/2017 - 13h04min


Erik Farina
Erik Farina
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Anderson (E), a auxiliar de cozinha Talitha Caçapietra e Leonardo

Abrir o próprio negócio se tornou aspiração de muitos dos brasileiros que acompanham diariamente as notícias de alta no desemprego e aperto na renda. Mas, é claro, só vontade não basta. Além de uma boa ideia e capital para investir, algumas habilidades são essenciais para fazer uma jovem empresa decolar. É a famosa "veia empreendedora", entoada aos sete ventos por consultores de empresas como pré-requisito para quem pensa em tocar um negócio.

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– É preciso fazer uma autoavaliação e perceber qual o objetivo de ter o novo negócio, se é de fato uma realização pessoal ou apenas uma vontade de mudar para uma área que está na moda ou dar um novo rumo à carreira. Se a conclusão é que ter uma empresa é realmente seu sonho, ótimo, este é o caminho. Agora será a vez de avaliar se tem as competências necessárias para empreender – explica a gerente de Relacionamento com Clientes do Sebrae/RS, Viviane Ferran.

Exigências para cada área

Algumas exigências são específicas de cada área – como gostar de lidar com gente em caso de uma ponto comercial, ou ter gosto por cozinhar para abrir um restaurante –, mas outros requisitos são universais. Alguns pontos cruciais, como capacidade de liderança, habilidade em organizar um projeto e jogo de cintura para saber negociar.

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– A boa notícia é que é possível treinar e desenvolver essas competências. Há cursos, programas de treinamento e formas de criar redes de relacionamento para novos empreendedores desenvolverem habilidades – aponta Mônica Ramos, diretora da Regional Sul da empresa de RH Lee Hecht Harrison (LHH).

Foi o que fizeram os primos Leonardo Presta, 32 anos, e Anderson Feltrin, 29 anos. Apaixonados por culinária, decidiram apostar em uma sociedade para criar uma empresa de comida congelada saudável. Ambos haviam feito cursos de culinária, mas nunca tinham iniciado um negócio na área.

– Pensamos estar prontos para começar um negócio, mas, depois de iniciar um plano de negócios, vimos que ainda estávamos bem perdidos – explica Anderson.

Por seis meses, seguraram o lançamento da empresa para fazer cursos no Sebrae. Um dos mais proveitosos foi o de pesquisa de mercado: experimentaram o produto de todos os concorrentes para conhecer seus pontos fortes e fracos, então, elaboraram uma proposta diferenciada, com pratos coloridos e bem temperados.

– Tínhamos o conhecimento técnico, mas entender o funcionamento do negócio de alimentos foi a chave para o sucesso – afirma Leonardo.

Hoje, a empresa vende cerca de 100 refeições por dia, o dobro de quando iniciaram, em 2015.



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