Chora, Cavaco!
Renato Dornelles: "Paulo Sant'Ana era vermelho"
Jornalista tinha a Imperadores do Samba entre as suas paixões
"A paixão não está nas cores".
Esta frase me foi dita, certa feita, por Francisco Paulo Sant'Ana, para explicar sua paixão pela Imperadores do Samba, tão vermelha e branca quanto o Internacional, arquirrival do Grêmio, seu time do coração.
Pois a Imperadores, e o Carnaval como um todo, estavam entre os amores de Paulo Sant'Ana. Em 1995, ele participou do memorável desfile na Avenida João Pessoa, que rendeu à escola não somente o título, como a consagração do samba de exaltação Convite ao Povo (Povo Meu), do poeta Wilson Ney.
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Ao seu lado, costumava desfilar o saudoso Luiz Carlos Machado, o Escurinho, que marcou época no Inter, falecido em 2011.
Enredo
Não raras vezes, Sant'Ana dedicou colunas inteiras ao Carnaval. Por vários anos, integrou a equipe mais carnavalesca do rádio brasileiro (conforme definição de seu ídolo Jamelão), comandada por Cláudio Brito, na cabine número 1 da Marques de Sapucaí.
Aliás, até tema de desfile Sant'Ana já foi. Em 1993, a Acadêmicos da Orgia o homenageou com o enredo O Menestrel da Cultura Popular – Francisco Paulo Sant'Ana.
Dedicamos essa coluna ao Pablo, tão carnavalesco quanto torcedor de futebol, tão imperadores quanto gremista.