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Incerteza na busca de uma vaga de trabalho temporário na Expointer

Ainda não há definição sobre como se candidatar. Evento começa em Esteio no dia 26 de agosto

11/08/2017 - 16h16min

Atualizada em: 11/08/2017 - 16h17min


Cerca de 150 pessoas na fila à espera de informações sobre as vagas temporárias para atuar na feira

A duas semanas do início da 40ª Expointer – começa no dia 26 de agosto –, as empresas que prestam serviços ao evento ainda não têm definição sobre como os interessados devem se candidatar aos empregos temporários que serão necessários para a feira. Quem aproveita esta época do ano para garantir renda em trabalhos nas áreas da segurança e limpeza, por exemplo, sofre com a indecisão e a falta de informação, que fazem aumentar a angústia de quem está, há dias, acampado próximo ao portão 7 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com a esperança de ser contratado. Os primeiros da fila chegaram em 31 de julho.

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Um dos motivos do atraso na seleção de trabalhadores neste ano é um impasse nas licitações da limpeza. Nesta semana, três empresas foram selecionadas para o trabalho e desqualificadas, seja por falta de documentação ou incoerência dos dados apresentados. Para outras áreas, estão definidas as empresas da segurança (Job Vigilância) e banheiros químicos (Tecnisan). A reportagem tentou contato na tarde desta sexta-feira (11) com as duas e não obteve informações sobre como se candidatar às vagas. Ainda há licitações que estão com pregão eletrônico ativo até o início da próxima semana.

– É para semana que vem ser definido o início do serviço. Até o final da tarde (de sexta) ou segunda-feira (14) será homologada a licitação da limpeza – disse o diretor administrativo do Parque de Exposições Assis Brasil, Sandro Schlindwein.

Gastos na fila

Na manhã desta sexta-feira (11), a reportagem verificou que cerca de 150 pessoas estavam nos arredores do Parque Assis Brasil em busca de informações sobre as vagas de trabalho, especialmente na área da limpeza. A incerteza faz com que não arredem o pé dali. Têm medo de que, no momento em que saírem, a seleção de temporários seja feita.

Em busca de um emprego, muitos acampam em frente a um portão de entrada do Parque Assis Brasil

– Antigamente, botavam no portão um aviso, e o pessoal vinha aqui só no dia (da seleção). Somos tratados que nem bicho – indignou-se Alex Sandro de Oliveira, 40, morador da Vila Pedreira, em Esteio.

– Onde é que está o RH das empresas? Onde é que está o diretor do parque? – questionou Ivani Giovanaz, 68 anos, do bairro Santo Inácio, em Esteio.

Vera Lúcia está na fila desde segunda-feira passada

No caminho para garantir seu lugar na fila, na segunda-feira passada, a desempregada Vera Lúcia Alves da Silva, 59 anos, moradora do bairro Novo Esteio, em Esteio, relata ter sido assaltada e agredida. Ela foi atendida e medicada no posto de saúde próximo ao Parque.

– Peguei a primeira lotação, às 6h30min, para trabalhar na limpeza aqui. Eles (os assaltantes) disseram que não iam gastar uma bala em mim porque eu só tinha R$ 1,35 e um telefone velho na bolsa – lamentou.

Um posto de saúde que fica nas proximidades da Expointer limitou o acesso aos banheiros e uma lancheria está cobrando R$ 2 pelo uso dos banheiros e R$ 4,50 pela água quente para o chimarrão. Para quem chega de cidades próximas, há ainda o gasto com passagens. Para todos, ainda há a incerteza se vão conseguir algum trabalho para cobrir estes gastos.


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