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Papo reto

Manoel Soares: "Vivemos em país de economia sem inteligência. Isso custa caro"

Se os R$ 30 bilhões gastos em amenizar os males do cigarro fossem usados na educação, seria mais inteligente

21/10/2017 - 08h00min

Atualizada em: 21/10/2017 - 08h00min


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Imagina uma pessoa que trabalha para ganhar R$ 16 para, depois, ter que gastar R$ 32. Acha que isso é inteligente? Eu até iria começar falando de como é falta de inteligência não educar a criança e depois prender o adulto, mas, aí, eu vou ganhar mais uma estrelinha de “mimimi”...

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Então, vamos para outro resultado da greve de neurônios. A indústria do cigarro, por exemplo, rende em impostos em média R$ 16 bilhões. Este é o principal argumento de quem defende a indústria do tabaco, e o governo, com medo de perder essa grana, deixa que a nicotina siga firme. 

Claro que já melhorou muito, perto do que era na época do comercial do cara de bigode grosso. Mas o que essa galera não saca é que os problemas em decorrência do cigarro custam mais de R$ 30 bilhões. Aí, a conta é simples: com o lucro do cigarro ganho R$ 16, e com o mal que ele causa gasto R$ 30. Será que vale a pena? 

E isso só é um exemplo de como a economia de quem é pobre de espírito faz os pobres pagarem mais caro. Se os R$ 30 bilhões gastos em amenizar os males do cigarro fossem usados na educação, seria mais inteligente. 

Quando olhamos para as cadeias, para as escolas, para as empresas públicas e para as secretarias, entre outras áreas que impactam a nossa vida, chegamos à conclusão de que vivemos em país de economia sem inteligência. Isso custa caro.







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