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Seu problema é nosso

Moradores estão sem água há cinco dias em bairro de Porto Alegre

Segundo moradora, o desabastecimento atinge cerca de mil famílias que vivem na região do Morro Agudo

24/10/2017 - 09h09min

Atualizada em: 24/10/2017 - 09h09min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Louça (foto) e roupas sujas ficaram acumulas na casa de Antonio

Desde a semana passada, os moradores da comunidade Morro Agudo, em Porto Alegre, estão sem água. O local fica em uma região mais alta do bairro Campo Novo, na Zona Sul. O problema, segundo o motorista Antonio Marcos de Oliveira, 56 anos, começou na tarde de quinta- feira passada. 

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— Depois do almoço, notamos que havia faltado água. Sorte que temos caixa d’água em casa, deu para se prevenir — conta ele. 

Atendimento 

No dia seguinte, os moradores notaram que o abastecimento ainda não havia sido normalizado pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Desde então, já perderam as contas do número de vezes em que entraram em contato com o órgão. Até o momento, estão sem receber uma resposta satisfatória. 

Antonio diz que as ligações para o Dmae têm sido desanimadoras. Além de relatar mau atendimento por alguns servidores, diz que nenhuma previsão de solução é dada. Antonio Marcos afirma que o desabastecimento atinge cerca de mil famílias que vivem no Morro Agudo. 

— Falaram que o problema era em uma bomba estragada na Estrada Cristiano Kraemer. E que não teria previsão de conserto, pois os servidores estão em greve — diz Antonio, que recebeu a informação durante uma das várias ligações que têm feito ao Dmae desde quinta. 

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A caixa-d’água da residência de Antonio esvaziou ontem. Agora, além das roupas, acumuladas desde quinta para serem lavadas assim que a água retornar, o desabastecimento começa a prejudicar também a preparação dos alimentos e a higiene da família, composta por cinco pessoas. 

— Minha família ainda conseguiu racionar a água até ontem. E os vizinhos que não têm caixa d’água e estão desde quinta-feira sem ajuda, como ficam? — questiona o morador. 

Segundo Antonio, nem os pedidos de envio de um caminhão-pipa para abastecer as famílias foram atendidos pelo Dmae. 

Moradores seguirão sem abastecimento

Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Após contato da reportagem, caminhão-pipa foi enviado para o bairro

O Dmae atribuiu à Ceee a falta d’água nos bairros Vila Nova e Campo Novo, ocorrida na sexta-feira passada – explicou que foi a suspensão no fornecimento de energia que causou o problema. Porém, a Ceee argumenta que a origem foi um defeito interno da estação que é de responsabilidade do Dmae. 

No sábado, para complicar a situação, um carro bateu no poste interno da Estação de Bombeamento de Água Tratada (EBAT) Cristiano Kraemer, na Vila Nova. A colisão danificou os cabos de energia elétrica que alimentam a EBAT.  Por isso, segundo o Dmae, o serviço é complexo e requer maior tempo e técnicos especializados. 

A troca da tubulação elétrica já teve início, mas ainda não há previsão para o fornecimento de água voltar ao normal.  Ontem à tarde, após contato da reportagem, o Dmae encaminhou um caminhão-pipa para abastecer, de forma paliativa, quem vive na região. 

*Produção: Alberi Neto

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