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Seu problema é nosso

Idosa faz vaquinha para comprar guincho para filho que tem paralisia

Reni Elisabeth Machado de Oliveira, 62 anos, cuida sozinha de seu filho Eduardo de Oliveira Soares, 42 anos, que tem paralisia cerebral

06/11/2017 - 07h19min

Atualizada em: 06/11/2017 - 07h22min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Eduardo tem paralisia cerebral e a mãe tem dificuldades em carregá-lo

Reni Elisabeth Machado de Oliveira, 62 anos, cuida sozinha de seu filho Eduardo de Oliveira Soares, 42 anos, que tem paralisia cerebral. Moradores do bairro Viamopólis, em Viamão, eles têm de lidar com as consequências da doença. 

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Reni, que é divorciada há 14 anos, recebe pensão alimentícia do pai de Eduardo. Agora, a idosa já tem certa dificuldade para levantar o filho da cama e ajudá-lo a se locomover. Por isso, com a ajuda de uma amiga, criou uma vaquinha online para comprar um guincho de acamados. 

— Tenho muita dificuldade em movê-lo, sinto muita dor nas costas e nos braços depois de anos levando o Eduardo para lá e para cá. Quase nunca saímos de casa, o que não é bom para ele também — explica Reni. 

A mãe de Eduardo contou que, quando ele tinha sete anos, começou a caminhar — sempre dando pequenos passos e se apoiando em barras de ferro que a família colocou em alguns cômodos da casa. Aos 12, já não andava mais. 

A paralisia cerebral foi decorrência de complicações no parto: Eduardo, que tem um irmão gêmeo, demorou para nascer, o que levou à baixa oxigenação do cérebro. Para a compra do guincho, são necessários R$ 7 mil. Como a vaquinha foi aberta recentemente, ainda não há valores doados. 

Batalha 

— A fala dele também é bem comprometida, temos que cuidar bastante, pois ele tem risco de convulsões, além da pressão alta — conta Reni. 

A paralisia cerebral é um conjunto de sequelas permanentes que afetam o movimento e a postura dos pacientes. Os sintomas acontecem devido a um distúrbio durante o desenvolvimento do cérebro, na maioria das vezes, antes do nascimento. Os sinais e sintomas costumam aparecer durante a infância ou pré-escola. 

Pessoas afetadas pela condição podem também ter dificuldade em engolir, além de ter a amplitude de movimento reduzida em várias articulações do corpo, devido à rigidez muscular. 

— Viemos passar algumas semanas com a minha irmã em Livramento, ganhamos carona de um amigo. O Eduardo está bem mais feliz. Sair de casa e conversar com outras pessoas muda completamente o astral dele, e o meu também — relata a mãe de Eduardo. 

A família vai retornar a Viamão em dezembro. 

Saiba como ajudar

— Quem quiser ajudar pode doar através da vaquinha online

— As doações também podem ser feitas por meio de depósito no Banrisul, agência 0783, conta 3900863004, em nome de Reni de Oliveira. 

*Produção: Letícia Gomes

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