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Valor nas alturas

Procon notifica postos de Porto Alegre para que expliquem preço da gasolina

Quatro dias depois de a Petrobras baixar combustível em quase 4%, consumidor ainda não percebe redução nas bombas

20/11/2017 - 15h33min

Atualizada em: 20/11/2017 - 15h33min


Erik Farina
Erik Farina
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Porthus Junior / Agencia RBS

Quatro dias após a Petrobras anunciar queda de 3,8% no preço da gasolina, o Procon decidiu notificar os postos de Porto Alegre para verificar se a redução está chegando ao bolso do consumidor. Na pesquisa de preços realizada na sexta-feira passada (17), dia em que a estatal baixou o valor da gasolina nas refinarias, o órgão não havia detectado redução alguma. A justificativa dos estabelecimentos foi de que ainda tinham combustível no estoque que havia sido comprado pelo preço antigo.

Nesta segunda (20), os fiscais do Procon estão novamente percorrendo os postos, desta vez notificando-os para apresentar notas fiscais do combustível comprado da distribuidora. O objetivo é verificar se a distribuidora está vendendo gasolina mais barata e, neste caso, entender por que o preço ainda não baixou nas bombas.

– Temos recebido muitas reclamações nos últimos dias via redes sociais, queremos entender se tem havido abuso de preços – explica a diretora-executiva do Procon da Capital, Sophia Vial.  

Estoque com preço antigo

Estão sendo monitorados de 30 a 60 postos em Porto Alegre. Na última pesquisa divulgada pelo órgão, há uma semana, o preço do litro da gasolina comum ia de R$ 4,139 a R$ 4,299. Se os postos repassassem na íntegra a redução anunciada pela Petrobras, esses valores poderiam cair para entre R$ 3,981 e R$ 4,135. Caso sejam verificados indícios de manipulação de preços, o caso será encaminhado para o Ministério Público e a Polícia Civil.

Conforme Adão Oliveira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), as distribuidoras ainda não repassaram a gasolina mais barata aos postos, por isso o consumidor não tem pago menos. Oliveira avalia que o baixo consumo e o corte do preço antes do final de semana podem ter atrasado o repasse. 

– A distribuidora só vai vender a gasolina mais barata depois que esgotar o estoque com o preço antigo. E não temos como estimar quantos dias isso vai levar – afirma.

Desde o início deste ano, o preço médio do litro na Capital passou de R$ 3,864 para R$ 4,167, alta de 7,8%, conforme a Agência Nacional de Petróleo (ANP). O aumento se deve aos diversos reajustes promovidos pela Petrobras e de aumento de impostos feito pelo governo federal em julho.


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