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Coluna da Maga

Magali Moraes questiona o quanto a cidade interfere na escrita

11/12/2017 - 10h00min

Atualizada em: 11/12/2017 - 10h00min



Miguel Neves / Divulgação

Cada vez que eu falo de Porto Alegre aqui na coluna, lembro dos leitores que moram em outras cidades e penso se isso incomoda muito ou pouco. Faz sentido pra quem mora no Interior? Funciona em cidade grande e pequena? Por mais que eu procure as migalhas do cotidiano que são comuns a todos nós, sei que algumas experiências mudam conforme o estilo da cidade onde vivemos. Se eu morasse na beira da praia, por exemplo, você ia sentir os respingos do mar em meus textos. 

Acho que Porto Alegre não chega a atrapalhar. Às vezes é capital, às vezes é Pequenópolis. Tento suavizar o meu olhar urbano acionando lembranças de infância. Comparada aos dias de hoje, dá pra dizer que a Porto Alegre de antigamente era mais interiorana. Morei em casa por bastante tempo. Tinha outros pátios pra brincar. Ia e voltava a pé do colégio. Durante a adolescência, o medo era exceção e não a regra. As ruas tinham menos trânsito. A cidade era mais nossa que dos bandidos. 

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Vizinha de porta

Desculpa se em alguns momentos o meu olhar é porto-alegrense demais. Preciso pegar mais a estrada e desbravar o Rio Grande. Independente disso, pensa em mim como a tua vizinha de porta, sem calcular quantos quilômetros nos separam. Ler é se transportar pra muitos lugares, e escrever, também. Seguido alguém diz "parece que tu espiou lá em casa e falou sobre nós!" Imagina a minha alegria. De um jeito ou de outro, somos parecidos. E é esse pedacinho da história que me interessa.

Você sabe que o DG é lido em todo o Estado. E, depois que inventaram a internet, não existem fronteiras que a gente não ultrapasse. Tenho amigos leitores em Floripa, Blumenau, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Natal, Uberlândia e Poços de Caldas (esqueci de alguém?). A coluna também é lida fora do país. É o DG na Argentina, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Inglaterra, China, Portugal e Alemanha. Mas bah, tchê! Aqui ou acolá, estamos sempre juntinhos.  





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