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Coluna da Maga

Magali Moraes e o fazedores de palavras cruzadas

29/01/2018 - 08h00min


  

Miguel Neves / Divulgação

Quem são? Onde vivem? Do que se alimentam? Como se reproduzem? Por que adoram tanto fazer palavras cruzadas? Não sei responder. Há pouco comecei a prestar atenção nisso. Minha sogra é experiente, já está no nível avançado. Minha mãe é novata no esporte. E coube a mim abastecer suas tardes com recortes das cruzadinhas do jornal. Aproveitei e comprei aquelas revistas cheias de infinitos quadradinhos pra ela completar. Haja lápis, borracha e um dicionário sempre à mão. 

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A partir de agora, elas serão meus objetos de estudo. Quero comparar as semelhanças de comportamento. Quem diz as palavras mais difíceis. Em que velocidade mudam de fase. Se vão trocar dicas. Como não posso só pesquisar dentro da família, estou pensando em marcar todos os médicos possíveis pra frequentar as salas de espera. Preciso folhear aquele mundaréu de revistas antigas dos consultórios. Ali tem muitas cruzadinhas feitas. É só analisar e tirar as minhas conclusões. 

Fominhas

Os fazedores de palavras cruzadas são pessoas curiosas. Possuem boa memória e bom vocabulário. Conhecem sinônimos e antônimos. São fominhas! Não podem ver uma cruzadinha nova que já querem responder. Será que é mais comum encontrar letra de homem ou de mulher? Eles rabiscam em cima, assumindo que nem sempre acertam de primeira? Abandonam as cruzadinhas pela metade? Essas páginas são arrancadas porque o pessoal prefere completar em casa?

Talvez as aparências enganem. Depois de algum tempo, o fazedor de palavras cruzadas já decorou tudo e preenche as respostas no automático. E a gente, olhando de fora, acha que é caso de genialidade. Quem sabe cronometrar enquanto a pessoa preenche. Eu poderia tentar, pena que não tenho paciência. Você é um fazedor de cruzadas? Convive com um praticante? Me ajuda a entender esse hábito. Aceito depoimentos, curiosidades, recordes. Existe relação entre adoradores de quadrinhos e de cruzadinhas? Desconfio que sim.

 



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