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Seu problema é nosso

Ônibus adaptados voltam a atender linha que passa por APAE em Porto Alegre

O Diário Gaúcho mostrou a situação em outubro do ano passado e, logo depois da publicação, os ônibus com elevadores em pleno funcionamento voltaram a circular na região

05/01/2018 - 09h21min

Atualizada em: 05/01/2018 - 09h39min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG

Os alunos da Escola de Educação Especial (APAE) Nazareth, no bairro Glória, zona sul de Porto Alegre, estão curtindo as férias com mais tranquilidade. Especialmente aqueles que têm alguma deficiência física e precisam pegar ônibus para chegar à escola. 

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Isso porque, quando o ano letivo recomeçar, não terão mais dificuldade em encontrar veículos com elevadores para cadeirantes funcionando, como o Diário Gaúcho mostrou em outubro do ano passado. 

Atualmente, a dona de casa Nilza Terezinha Souza da Silva, 58 anos, consegue levar o afilhado Charles Maílson Santos da Costa, 26 anos, à APAE normalmente. 

— Logo depois que o jornal publicou a história, já deram um jeito de colocar ônibus com elevadores que funcionavam direito. Agora, os alunos estão em férias. Estamos mais tranquilos, pois sabemos que, quando voltarem as aulas, não vamos continuar enfrentando esse problema — comemora Nilza. 

Charles precisa do elevador pois é tetraplégico e depende de cadeira de rodas para se locomover. Apesar dos 26 anos, não é independente: foi atropelado aos quatro anos e, além da paralisia, ficou com outras sequelas. Ele tem a mentalidade de uma criança e precisa de cuidados. É a madrinha Nilza quem o criou desde pequeno. 

Dificuldade 

Moradores do bairro Vila Nova, no período de aulas, eles saem de casa, diariamente, por volta das 6h e pegam um ônibus até o Centro Histórico da Capital. Esse era o momento em que surgia o constrangimento com os elevadores. No Centro, madrinha e afilhado pegam um segundo ônibus para chegar à APAE Nazareth. Porém, o veículo da linha 2561/ Nazareth dificilmente tinha o elevador para cadeirantes funcionando. 

— Ficamos muito felizes e agradecidos que a situação tenha mudado. Por vezes, tínhamos de esperar por mais de uma hora por um ônibus que tivesse o equipamento com funcionamento regular — relembra a dona de casa. 

*Produção: Alberi Neto

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