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Folia na Sapucaí

Carnaval 2018: o que foi destaque na segunda noite de desfiles do Rio de Janeiro

Multicampeã Beija-Flor fechou as apresentações deste ano na Marquês de Sapucaí

13/02/2018 - 09h31min


Mais seis escolas passaram pela Marquês de Sapucaí entre a noite de segunda-feira (12) e madrugada de terça-feira (13), no último dia de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A primeira escola a entrar na Sapucaí foi a Unidos da Tijuca, seguida por Portela, União da Ilha, Salgueiro, Imperatriz e Beija-Flor. 

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O tom político, presente na primeira noite nos desfiles de Mangueira e Paraíso do Tuiuti, voltam a aparecer na avenida, especialmente no desfile da multicampeã Beija-Flor. 

A grande vencedora será conhecida nesta quarta-feira (14), em apuração prevista para começar às 16h30min. Confira os destaques da segunda noite de Carnaval:

Unidos da Tijuca

Com um enredo que homenageou Miguel Falabella, a escola que abriu a segunda noite de desfiles levou para o sambódromo amigos e colegas do ator, escritor e diretor. Usando uma coleira escrita "Caco" - em referência ao acessório clássico usado por Luma de Oliveira há anos -, Marisa Orth representou a memorável Magda, de Sai de Baixo. Nomes como Arlete Salles, Cissa Guimarães, Claudia Raia e Aracy Balabanian também passaram pela Sapucaí, a maioria vestida como os personagens criados por Falabella e que interpretaram na TV, como Cassandra (Aracy) e Copélia (Arlete).

Mauro PIMENTEL / AFP
Miguel Falabella, homenageado pela Unidos da Tijuca

Portela

Na disputa do bicampeonato, a Portela foi mais uma das escolas que levou à Sapucaí uma discussão social. Usando a questão dos refugiados como pano de fundo, a azul e branco de Madureira - atual campeã do Grupo Especial - contou a história dos judeus que fugiram para o nordeste brasileiro na época de domínio holandês. A carnavalesca Rosa Magalhães manteve o seu padrão de desfiles limpos, com alegorias e fantasias repletas de detalhes.

Mauro PIMENTEL / AFP
A tradicional águia azul e branco da Portela

União da Ilha

Aromas, cores e sabores da culinária brasileira foram tema da terceira escola a cruzar a avenida. Além da presença de chefs renomados, como Claude Troisgros, Roberto Ravioli, Flávia Quaresma e Érick Jacquin, foram  lançados no ar aromas como de café, chocolate, abacaxi e limão.

Mauro PIMENTEL / AFP
Com aromas e sabores a escola levou a culinária para a avenida

Salgueiro

Saudando as mulheres negras, a Salgueiro levou o enredo "Senhoras do ventre do mundo" para o sambódromo. Um dos destaques foi o último carro, que criou uma versão negra da famosa figura de Pietá, de Michelangelo, em referência às mães brasileiras que perderam seus filhos para a violência.

Mauro PIMENTEL / AFP
Salgueiro reverenciou as mulheres negras

Imperatriz Leopoldinense

Inspirado no filme Uma Noite no Museu, a penúltima escola a atravessar a Sapucaí homenageou o Museu Nacional, que completa 200 anos. A ideia foi mostrar os possíveis roteiros de visitação do local e retratar, de forma lúdica, temas como história e paleontologia.

Carl DE SOUZA / AFP
Carro "Santuário de Ossos", da Imperatriz, representou a paleontologia

Beija-Flor

Como se esperava, o desfile da Beija-Flor veio repleto de representações das mazelas sociais do Brasil como corrupção, intolerâncias de gênero, raça e religião. A cantora drag queen Pabllo Vittar e a funkeira Jojo Todynho foram destaque do desfile. No fim,  a escola abriu a avenida para entrada do público, que invadiu a Sapucaí cantando o samba-enredo.

Mauro PIMENTEL / AFP
Pabllo Vittar foi destaque no carro que representava a intolerância

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