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Coluna da Maga

Magali Moraes e o show do Phil Collins: Ainda não morri

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

28/02/2018 - 15h56min

Atualizada em: 01/03/2018 - 15h35min


  

Miguel Neves / Divulgação

Esse é o nome que o cantor Phil Collins escolheu pra sua turnê. Posso afirmar que ele está vivinho da silva! Quem foi ao show na terça, em Porto Alegre, vai concordar comigo. A voz inconfundível, o carisma enorme. Foi um hit atrás do outro, nos hipnotizando. Maior que a chuva de hits, só o temporal que desabou antes do show e fez todo mundo que estava no estádio se perguntar: "O que eu tô fazendo aqui?!" As roupas grudadas e os pés encharcados deixaram de incomodar assim que Phil surgiu no palco.

Ver um ídolo pop entrar caminhando de bengala e sentar numa cadeira é curioso, humano e inspirador. E ele permaneceu sentado o show inteiro. Phil canta com tanta alma que a gente esquece rapidinho a cadeira. Uma lesão numa vértebra do pescoço, que prejudica seus movimentos, o afastou da bateria. E ele chamou quem pra tocar esse instrumento? Nicholas, o filho de 16 anos. Ao apresentar os velhos amigos da banda, brincou dizendo que todos os seus amigos são velhos. Só enxerguei talentos.

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Vozeirão

Phil tinha se aposentado pra cuidar da saúde e ficar perto dos filhos. Aí voltou atrás. Por isso o nome da turnê (bom humor inglês). Pra nossa alegria, ele sentiu falta dos palcos e aplausos. Imagina aquele vozeirão só cantando no chuveiro? Assim, mais pessoas podem estar frente a frente com uma lenda viva. E sentir o prazer de cantar com ele. Suas músicas fazem parte das lembranças de quem tem mais de 30. Agora, podem ser descobertas pela nova geração.

Existe prazo de validade pra fazer o que se gosta? O talento diminui com a idade? Uma limitação física te impede de ser feliz? É como disse a vocalista da banda Pretenders (outra sessentona poderosa), que se apresentou antes: "Vocês não amam as suas vidas? Eu amo a minha!". Se a vida do Phil Collins é estar num palco cercado de fãs (demonstrando o orgulho de ter o filho ali), então que ele viva essa vida até o fim. E que a gente possa fazer o mesmo com as nossas.    



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