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Guerra do tráfico

Facção quis aproveitar greve dos caminhoneiros para tomar a Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre

Criminosos acreditavam que instituições de segurança estariam enfraquecidas devido ao foco em escoltas de combustíveis

31/05/2018 - 10h55min


Renato Dornelles
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Renato Dornelles / Agencia RBS
Pistolas e submetralhadora apreendidas

A greve dos caminhoneiros e suas consequências, incluindo o monitoramento por parte das forças de segurança, teriam motivado uma das facções que controlam o tráfico de drogas na Região Metropolitana a tentar tomar a Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, zona leste de Porto Alegre, que é dominada por outro grupo. 

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De acordo com o setor de inteligência da Brigada Militar (BM), a organização criminosa que tem base no bairro Bom Jesus teria atacado os rivais acreditando que as polícias estariam enfraquecidas.

O ataque, efetivado na manhã desta quarta-feira (30), resultou em tiroteio que provocou medo e confusão entre os moradores do local. Um dos tiros teria atingido um muro da Pequena Casa da Criança, escola de ensinos Infantil e Fundamental, que, em consequência, teve as aulas suspensas

Na sequência, BM, Polícia Civil e Força Nacional de Segurança reprimiram o ataque, prenderam seis integrantes do grupo invasor e dois da facção local e apreenderam sete pistolas (seis 9 milímetros e uma 380), uma submetralhadora 9 milímetros de fabricação caseira, cinco carregadores e centenas de munições. Um dos presos ficou ferido e foi hospitalizado.

Durante a tarde, os delegados Paulo Grillo, diretor do Departamento de Homicídios, e Rodrigo Reis, da 1ª Delegacia de Homicídios, o major Marlon Carvalho da Silva e o capitão Glênio Argemi, ambos do 19º Batalhão de Polícia Militar, em entrevista coletiva, explicaram o confronto e a ação.

— Os criminosos possivelmente tentaram a investida acreditando que o foco da segurança estivesse no movimento dos caminhoneiros — disse o capitão.

De acordo com o delegado Rodrigo Reis, o conflito desta quarta-feira é sequência das disputas que foram acirradas na região desde a morte de João Carlos da Silva Trindade, o Colete, que era um dos líderes da facção local, em agosto do ano passado.

— Até a morte do Colete, havia hegemonia. Com a morte dele, houve um racha na facção local, com disputas durante dois meses. Passado esse período, a facção que tem base no bairro Bom Jesus passou a fazer investidas, inclusive com o apoio de antigos aliados do Colete — explicou.

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