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Seu problema é nosso

Após reportagem do Diário, falta de professor em escola municipal é resolvida, em Porto Alegre

Depois de mais de três meses de espera, aconteceu o primeiro dia de aula do Jardim II da Escola Municipal Ensino Básico Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, na Capital

13/07/2018 - 09h32min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Criançada iniciou as aulas no dia 27 de junho

— Essa escola me deixa feliz. 

Essa é a resposta de Larissa da Rosa Ribeiro, quatro anos, quando questionada sobre sua nova escola. 

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Depois de mais de três meses, aconteceu, no dia 27 de junho, o primeiro dia de aula dela no Jardim II da Escola Municipal Ensino Básico Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, na Capital

O período letivo deveria ter iniciado no dia 15 de março, o que não aconteceu por falta de professor. O Diário Gaúcho contou a história de Larissa e da mãe dela, a dona de casa Aline Ribeiro, 36 anos, no dia 24 de maio

A menina foi diagnosticada com transtorno do espectro autista aos dois anos. A condição pode gerar dificuldade de comunicação e de socialização, além de padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Por isso, a escola tem um papel importante no desenvolvimento da pequena. A mãe conta como foi a primeira experiência da filha: 

— Ela amou a escola. No segundo dia, chorou na hora de ir embora. Ela fez amigos. A gente vê como ela gostou. 

A professora de Larissa, trabalhava, antes, na biblioteca da escola, e foi realocada para a nova função. Aline conta que as aulas estão começando aos poucos, com mais crianças sendo chamadas a cada semana. No total, serão 26 alunos. Larissa estava entre os 10 primeiros. ,

Arquivo Pessoal / Leitor/DG
A pequena está faceira por frequentar o Jardim II

Outra necessidade 

A escola possui uma sala de recursos para alunos especiais, com uma professora neuropsicopedagoga. A turminha tem aula de educação física, artes e outras matérias. Preocupada pela quantidade de alunos na turma, com apenas uma professora, Aline acredita que um acompanhante especializado seja um direito de Larissa. Segundo ela, é necessário um cuidado a mais a filha. 

— Por exemplo, ela gosta muito de brincar com água. Seguido chego na escola e ela está lá no banheiro, na pia, com a roupa toda molhada. Ninguém dá atenção para isso — desabafa a mãe. 

Aline lembra de uma outra aluna da mesma escola, que é cadeirante e é cuidada por um monitor: 

— A Larissa precisa de um monitor também. Esta é outra luta que vou ter que encarar. 

Smed explica como pedir monitor 

A Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) informou que a Escola Municipal de Ensino Básico Liberato Salzano Vieira da Cunha conta com um monitor e quatro estagiários em educação especial inclusiva para auxiliar no atendimento aos alunos de inclusão. Segundo o órgão, mais um estagiário está sendo encaminhado à escola. 

A Smed afirmou que os alunos com necessidades educacionais especiais da rede municipal de ensino recebem apoio pedagógico no turno inverso dos professores especializados que atuam na Sala de Integração e Recursos (SIR), presente em todas as escolas. Em relação ao caso de Larissa, a Smed explicou que a equipe de supervisão pedagógica da escola deve oferecer orientação à família. 

*Produção: Eduarda Endler

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