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BURAQUEIRA

Estrada Passo do Nazário segue sem asfalto, na Região Metropolitana 

No trecho entre Cachoeirinha, Canoas e Esteio causa transtornos aos moradores e motoristas que passam pela via. 

26/07/2018 - 10h44min


Maria Eugenia Bofill
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
Cristiane leva a filha para a escola de bicicleta

Para transitar pela Estrada Passo do Nazário, é preciso paciência, cuidado e baixa velocidade. O trecho, no limite entre as cidades de Canoas, Esteio e Cachoeirinha, não é asfaltado. Em dias chuvosos, é tomado pelo barro.  Senão, pelo pó e por grandes buracos.

A situação se agrava em função de uma vala que passa pelo local e está entupida. Assim, em dias de chuva, a água não escoa, resultando em alagamentos que geram dificuldades aos moradores e motoristas.

Segundo a dona de casa Cristiane Wetter, desde 2009, quando foi morar lá, a situação nunca foi solucionada. Ela já teve um carro estragado por precisar cruzar a via diariamente. Agora, Cristiane leva a filha para a escola de bicicleta.

– Quando chove, dá todo esse transtorno – relata.

Os moradores e motoristas contam que, após os dias de chuva, uma patrola costuma passar pelo local para tapar os buracos com terra. 

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Moradora há 30 anos, Ana sofre com a poeira da Avenida

– Moro aqui há 30 anos e foi sempre assim. É uma poeira que não dá para respirar. Quando chove, alaga tudo. Já vi muita roda de carro quebrar – conta, indignada, Ana Fidelis, 60 anos.

A empresária Carla Erling, 28 anos, organizou um abaixo-assinado para levar à prefeitura. Moradora da avenida há três anos, ela trabalha em Canoas e, nos dias de alagamento, para chegar em casa, precisa fazer um contorno pela BR-116. A mudança no trajeto já pesa no bolso, pois a gasolina que duraria o mês inteiro é suficiente apenas para duas semanas. A empresária pensa em se mudar.

– Desde que moramos aqui, é essa situação. Enquanto não acontecer o conserto da vala, não vai parar de alagar – avalia Carla.

 Impasse 

 O trecho da avenida que não tem pavimentação está no limite entre as cidades Canoas, Cachoeirinha e Esteio. O que causa um impasse para a resolução do problema. O Diário Gaúcho acompanha a situação desde 2015. Na época, foi afirmado que o maior trecho sem asfalto é o de Cachoeirinha, mas as prefeituras garantiram que seriam feitas as manutenções. A revolta de quem passa pela estrada é grande. Ao verem o carro da reportagem, diversos motoristas paravam para relatar os transtornos.

– Moro e transito por aqui todos os dias desde 2002. É sempre a mesma coisa: passa a patrola, tapam os buracos e não adianta – destaca o aposentado Flávio Correia da silva, 63 anos. 

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Flávio é morador e transita pela via diariamente

Prefeitura promete medidas conjuntas

As administrações de Cachoeirinha e de Canoas asseguram que tomarão medidas para amenizar os problemas. Após uma reunião entre as duas prefeituras, ficou acordado que Cachoeirinha será a responsável pela limpeza da vala – que está totalmente entupida e gera os alagamentos em dias de chuva forte. Após a limpeza, Canoas se responsabilizará pelo melhoramento da via. 

— É um problema muito sério. Estamos falando de um pedaço relativamente pequeno, mas, se não fizermos o saneamento, não será possível deixar a via em condições — aponta o Secretário de Infraestrutura e Serviços de Cachoeirinha, Brinaldo Mesquita. 

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Estrada do Nazário é tomada pelo barro em dias de chuva

Prazo

O secretário diz que, se o tempo colaborar, o escoamento da vala deve ser concluído em um prazo que varia entre 15 e 20 dias. Adalberto Schen, secretário de Obras de Canoas, afirma que não será possível asfaltar a Estrada Passo do Nazário, pois o pavimento não pode ser colocado em cima de valas.

– No momento em que a água for retirada, já melhoram as condições da via. Vamos analisar juntos o que podemos fazer. Mas asfalto, nem pensar – enfatiza.

Adalberto garante que serão pensadas outras alternativas que deixem a via em condições de trânsito, como o levantamento da rua para não acumular tanta água, por exemplo. 

Já Esteio, que tem 93 metros não pavimentados na via, pretende asfaltar até o final deste ano. O trabalho está orçado em R$ 90 mil.

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Carros precisam passar em velocidade baixa pela via



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