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Seu problema é  nosso

Buracos e alagamentos nas vias desafiam moradores da zona rural de Viamão

Desde o dia 22 de junho, transitar de carro por vias como a Rua Henrique de Oliveira Fraga, no bairro Águas Claras, tem sido um desafio para os motoristas

02/08/2018 - 09h16min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Próximo à residência de Guilherme, piscina se formou no buraco

Desde o dia 22 de junho, transitar de carro pela Rua Henrique de Oliveira Fraga, na altura do número 85.590, no bairro Águas Claras, em Viamão, tem sido um desafio. Causado pelo trânsito pesado da via, um buraco começou a se formar. 

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Com a chuva do final de junho, o problema ficou ainda pior e atingiu cerca de 20 metros de comprimento por um metro de profundidade. 

— A gente pede ajuda para o prefeito desde o ínicio, mas nada mudou — desabafa o mestre de obras Guilherme Garcia, 25 anos. 

A situação foi relatada à prefeitura em 25 de junho, pelo processo número 025671/ 2018, com um pedido de patrolamento na via. 

Prejuízo 

Sem conseguir sair de carro de casa, a família de Guilherme enfrenta dificuldades. A filha mais nova do mestre de obras, Maria Isabel, seis meses, estava com a vacinação atrasada. A situação foi resolvida com o auxílio de um vizinho, que se ofereceu para levar mãe e filha, que precisaram caminhar até ele. A filha mais velha, Maria Eduarda, 11 anos, tem faltado às aulas desde o final de junho em função da falta de ônibus escolar. 

— Nenhum ônibus passa mais pela rua, até mesmo os municipais, que aguentam tudo. Acho que uns 10 carros já atolaram aqui, no mínimo — conta Guilherme. 

Para ir ao trabalho, o mestre de obras caminha até certo ponto da rua, onde há uma carona o esperando. Mas sabe que tem sorte: 

— Tem gente perdendo o serviço, há mais de um mês sem poder ir. Eu, pelo menos, estou conseguindo. 

Quando chove, o desafio aumenta. Guilherme conta que, na semana passada, o caminhão do lixo deixou de passar e, agora, os moradores precisam armazenar seus resíduos. Por outro lado, quando um veículo maior consegue vencer a via, a água entra no pátio de casa. 

— Parece uma onda, vem toda a água para dentro da minha residência. A gente não sabe mais o que fazer — afirma.

Desde o início do problema, segundo o mestre de obras, a prefeitura prometeu um patrolamento no local para amenizar as consequências. 

— Até um responsável veio nos visitar, viu o problema e disse que nos ajudaria, mas nada aconteceu até hoje — ressalta. 

Se chover, prefeitura diz não ter o que fazer 

O secretário de Agricultura de Viamão, Carlos Pacheco, explicou que, ontem, a prefeitura estava fazendo reparos nos buracos da via e drenando a água. Funcionários da prefeitura colocaram areia para ajudar a secar a rua. 

Posteriormente, a via receberá saibro e o serviço de uma máquina niveladora. Entretanto, não há uma data específica. O serviço apenas será feito se o tempo continuar firme, sem chuva. 

— Contra a vontade de Deus, eu não tenho o que fazer — afirmou o secretário, quando questionado sobre a demora, referindo- se a chuvas recentes. 

Em relação ao buraco em frente à residência de Guilherme, nenhuma obra havia sido feita até a finalização desta reportagem. O secretário afirmou que os funcionários que estavam no local, ainda ontem, trabalhariam no problema relatado pelo leitor, atuando com a drenagem de água. 

— Só vamos ter problema se chover. Aí, não tem o que fazer. Estou rezando pra não chover por uns 15 dias — ressaltou.

*Produção: Eduarda Endler 

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