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Seu problema é nosso

Bueiro entupido e alagamentos constantes preocupam moradores da zona sul da Capital

A rotina dos moradores da Avenida Ignes e Fagundes, na altura do número 180, na Restinga, extremo sul de Porto Alegre, vem sendo atrapalhada desde 2016

06/09/2018 - 09h13min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Moradores tentaram, por conta própria, resolver a obstrução

A rotina dos moradores da Avenida Ignes e Fagundes, na altura do número 180, na Restinga, extremo sul de Porto Alegre, vem sendo atrapalhada desde 2016. Um buraco e um bueiro obstruído no meio da via incomodam quem tenta passar pelo local. 

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As diversas reclamações encaminhadas pelo número 156 não resolveram a questão, conta o motorista da ônibus Adão Teixeira, 45 anos. 

— Tenho seis protocolos. No 156, me mandaram até na subprefeitura (da Restinga). Eu fui, mas disseram que não era com eles. O Dmae veio e disse que não era com eles, também — afirma Adão, que encaminhou as reclamações à reportagem. 

Cano quebrado 

Imagens fornecidas pelo morador mostram que, no fundo do buraco, localizado bem em frente à Rua do Coqueiro, transversal à Avenida Ignes e Fagundes, um cano de concreto está partido. 

Na falta de atuação do poder público, os próprios moradores, não vendo outros meios, juntaram dinheiro e pagaram uma pessoa para tentar dar um fim ao problema. Foi quando localizaram o cano. No entanto, não conseguiram remediar nem temporariamente a questão. O buraco onde fica o bueiro permanece aberto no meio da rua. 

No último protocolo informado por Adão ao Diário, aberto em 18 de agosto, há a informação de que, após vistoria realizada pela Divisão de Manutenção de Águas Pluviais (Dmap), foi constatado que o "Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) não tem rede cloacal no local", além de existir "uma rede pluvial quebrada". Também consta no registro que o problema seria direcionado ao próprio Dmap. 

Quando chove, explica Adão, o ponto fica completamente alagado, impedindo a passagem de carros. Sem contar a água suja e fétida que se mistura à chuva, impondo riscos à saúde de quem se aventura a circular. 

Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Alagamentos são constantes

Ilhados 

A Rua do Coqueiro é uma via sem saída de cerca de 200 metros, na qual o único acesso fica exatamente em frente ao bueiro. Ou seja: os moradores sofrem para atravessar e sair em direção à Avenida Ignes e Fagundes, conta Adão. 

— É uma água preta e fedorenta. Não tem como passar — explica o morador. 

Imagens enviadas pelo motorista após a recente semana de chuvas na Região Metropolitana mostram a rua coberta de água, até sobre a calçada. 

Secretaria e Dmae tomarão providências hoje

Contatada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) informou que, "após vistoria realizada no local, nesta quarta- feira, foi constatada uma obstrução no ponto que deságua na vala".

A nota também comunica que pontos da rede pluvial estão quebrados e que o caso será encaminhado para a "programação de execução". A SMSUrb afirmou que serão feitos serviços de hidrojateamento e reconstrução dos pontos com defeito na rede e garantiu que, hoje, definirá os prazos para os trabalhos. 

O Dmae informou que vistoriou o local para verificação da rede cloacal — o esgoto doméstico, que passa pelo mesmo ponto da rede pluvial — na tarde de ontem.

Em nota, garante que a equipe do departamento já constatou o extravasamento da rede e programou para hoje a abertura do bueiro para verificar a origem do vazamento e, então, solucioná-lo.

*Produção: Ásafe Bueno 

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