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AÇÕES DO BEM

Em Cachoeirinha, grupo faz peças de tricô e crochê para doar

Tecendo Amor produz peças ano inteiro para doar a entidades sociais e ongs.

03/09/2018 - 07h00min


Isadora Neumann / Agencia RBS
Grupo se encontra uma vez por mês para tricotar e fazer crochê

Tecer significa entrelaçar, prender organizadamente, juntando uma coisa a outra ou entre si; compor algo por meio da junção ou da sobreposição de fios produzidos. Em Cachoeirinha, um grupo de voluntários não só tece, mas o faz pensando no próximo.

O grupo Tecendo Amor trabalha há oito anos produzindo roupas quentinhas de tricô e crochê para doação. É formado por 14 mulheres e um homem. Atualmente, eles se reúnem em cafeterias de Cachoeirinha uma vez ao mês para, no início dos meses mais frios, entregarem o material produzido a entidades sociais e ONGs. Neste ano, foram doadas 1,2 mil peças. 

Extremidades quentinhas

A fundadora do grupo, Beatriz Andrade, 53 anos, sempre fez trabalhos sociais e percebia a falta de roupas para crianças. Por isso, as principais peças produzidas são gorros e palas pequenos. Os palas, além de serem uma identidade do Estado, são peças que, se bem cuidadas, podem ser aumentadas para serem aproveitadas no próximo inverno. Também saem das mãos dos voluntários cachecóis e meias.

— A ideia é aquecer as extremidades. Porque, quando elas estão quentinhas, não sentimos tanto frio — afirma Beatriz.

Isadora Neumann / Agencia RBS
Sarita está sempre tricotando

No decorrer do ano, o grupo produz algumas peças diferenciadas para vender, para arrecadar fundos para comprar fios e elaborar novas peças.

A aposentada Sarita Cafruni, 79 anos, relata que uniu o útil ao agradável quando se junto ao Tecendo Amor.

— Gosto muito de tricotar e também ajudo as pessoas. Estou sempre produzindo, sempre com a bolsa com fios e agulhas — conta Sarita.

Recorde de produção: 70 gorros em 20 dias

O recorde de produção no grupo foi da dona de casa Regina Zucatti, 58 anos. Ela fez 70 gorros em 20 dias. Regina destaca que o tricô é bom para ter uma ocupação para a cabeça. Além da satisfação ao ver as crianças usando os artigos produzidos.

— Só vemos na nossa mão, quando estamos fazendo. Então, quando vemos alguém usando uma de nossas peças, é muito legal. Ficamos emocionadas — diz a dona de casa.

Isadora Neumann / Agencia RBS
Marcelo e Regina fazendo peças para doação

O bendito fruto do grupo é Marcelo Trindade, 46 anos. Chegou ao Tecendo Amor por meio da esposa Ana Luisa Andrade, 51 anos. Após um acidente de moto, precisou ficar cerca de um ano parado, o que fez Ana Luisa incentivar o marido a entrar no grupo. Marcelo conta que crochê aprendeu a fazer rápido, mas faltaram as habilidades para o tricô.

— É uma terapia. Uma forma de se ocupar e ajudar as crianças. 

Doações de fios são bem-vindas

Isadora Neumann / Agencia RBS
Neste ano, o grupo doou 1,2 mil peças

Nos dois meses que antecedem o inverno, o Tecendo Amor se reúne no Shopping de Cachoeirinha todos os sábados. Para quem deseja aprender a tricotar ou fazer crochê, é só chegar lá.

Durante todo o ano, o grupo recebe doações de fios — pode ser de qualquer tamanho — para a produção. 

— Todo mundo pode ajudar, não é necessário ter uma alta produtividade. Mas fazendo um gorro, já ajuda e protege alguém do frio — enfatiza Beatriz.

Você encontra o Tecendo Amor no facebook.




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