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Seu Problema é Nosso 

Depois de matéria do Diário Gaúcho, CEEE faz ação para combater quedas de luz na zona sul de Porto Alegre

A reclamação do rodoviário aposentado Amilcar José Ribeiro da Costa, 71 anos, provocou o deligamento de "gatos" e a instalação uma nova tecnologia de medição 

30/11/2018 - 11h20min

Atualizada em: 03/12/2018 - 11h24min


Júlio Cordeio / Agência RBS
As ligações ilegais foram cortadas na zona sul de Porto Alegre

Em Porto Alegre, neste ano, 26 mil ligações de luz irregulares foram desligadas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Na última quarta- feira, a empresa desligou os “ gatos” e instalou uma nova tecnologia de medição na Rua Atílio Superti, no bairro Vila Nova, zona sul da Capital, em função da reclamação do rodoviário aposentado Amilcar José Ribeiro da Costa, 71 anos. 

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A edição do Diário Gaúcho de 1 º de novembro contou o problema enfrentado por ele e a solução apresentada pela CEEE, que culminou na ação realizada nesta semana. 

Quedas 

Júlio Cordeiro / Agência RBS
Amilcar mostra caixa de luz da sua casa

Amilcar vive há mais de cinco décadas na Rua Cinco Mil, Cento e Setenta e Três — via perpendicular à Atílio Superti — e reclamava sobre as constantes quedas de luz em sua residência e de seus vizinhos. 

— Como não temos um transformador na nossa própria rua, fica sobrecarregado. Agora, esperamos que isso mude e que depois lembrem da gente, de que precisamos de uma ligação na nossa via — contou, à época. 

A esposa de Amilcar, a também rodoviária aposentada Vera Lúcia dos Santos Costa, 62 anos, afirma que o problema afetava a rotina de casa: 

— Não dá para usar o micro-ondas e o chuveiro ao mesmo tempo, por exemplo. 

Melhor controle 

Para evitar que ligações ilegais de luz sejam feitas novamente no local e facilitar o monitoramento do consumo de energia, a CEEE criou o Sistema de Medição Centralizada (SMC), uma caixa cinza instalada nos postes de luz, responsável por medir a luz gasta pelo consumidor — antes, uma função dos relógios. Segundo Jeferson Gonçalves, gerente da CEEE na Região Metropolitana, 40 mil clientes em Porto Alegre já foram contemplados com a mudança: 

 — O que vocês estão vendo hoje (na quarta-feira) é um esforço no combate à ilegalidade. Nós temos caixas com tecnologia já usada em São Paulo e no Rio de Janeiro, um sistema moderno que proporciona uma telemedição e monitoramento de clientes através de uma central. 

O gerente salienta que 60 equipes trabalham diariamente para instalação, o que recuperou R$ 60 milhões em prejuízo que estavam escoando devido às irregularidades. 

Na Rua Atílio Superti, a CEEE fez “um estudo detalhado e criterioso desde a última reclamação do cliente, no início de outubro”, o que aconteceu com a instalação de um registrador eletrônico. Além disso, a equipe fiscalizou a existência de ligações clandestinas na via. 

Ligações ilegais 

— A perspectiva é a qualificação da rede, entregar para o cliente uma melhora na qualidade de energia que ele está recebendo em sua residência — garante o gerente. 

Com a instalação do SMC, 60 famílias foram beneficiadas na Rua Atílio Superti. Além de propor a novidade, os técnicos da CEEE também estavam presentes, na quarta-feira, para atender aqueles que queriam regularizar o uso de energia. Morador da via há 20 anos e carpinteiro, Olavo Alves Nogueiro, 52 anos, foi uma das pessoas que se interessou em fazer o consumo legal de energia: 

— Eu já liguei para a CEEE, falaram que estava fora do padrão. Eu quero colocar energia, eu quero pagar, porque eu preciso de luz. 

Produção: Eduarda Endler

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