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DG no Busão

Além da Carris, outras quatro empresas têm ônibus "vencidos" em Porto Alegre

Segundo a ATP, porém, veículos fazem parte de uma frota reserva e só rodam "eventualmente"

13/02/2019 - 07h00min

Atualizada em: 26/09/2019 - 17h28min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Lauro Alves / Agencia RBS
Conforme ATP, empresas aguardam novo decreto sobre o tema

Não é só a Carris que  possui ônibus não articulados com mais de 12 anos, em Porto Alegre – regra definida pela lei municipal. Quatro empresas privadas que operam na cidade também têm veículos na frota que estão rodando há 13 anos – um acima do limite. No total, são 17 veículos “fora da validade”. 

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Conforme a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), os ônibus pertencem as empresa VTC, do consórcio Viva Sul (um ônibus), Sudeste (11 ônibus) e Gazômetro (quatro ônibus), ambas do Consórcio Mais. A VAP, que integra o Consórcio Via Leste, tem três veículos ano 2006. Porém, dois deles foram emplacados em 2007. Assim, ainda podem rodar até o final deste ano.

A reportagem acompanha o tema desde o final de janeiro. Primeiro, o Diário mostrou que 83 ônibus da Carris estão descumprindo a legislação municipal e seguem fazendo o transporte de passageiros. Por já terem completado os 13 anos, estes carros deveriam estar “aposentados”. 

Alteração

O tempo de vida útil dos ônibus comuns – aqueles movidos a diesel e não articulados – era de 10 anos, podendo ser prolongado por mais 36 meses, dependendo de fatores e condições do ônibus. Entretanto, em junho ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei que aumentava o prazo: desde então, os carros comuns podem circular por até 12 anos. Já os articulados e movidos a energias renováveis podem operar por 13 anos – para estes, o prazo ainda pode ser ampliado para 15 anos, caso os veículos passem por vistorias a cada 45 dias depois do 13º ano de uso.

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Conforme a EPTC, como a mudança na lei – enviada ao Legislativo em 2016 – só foi aprovada na metade do ano passado, as empresas estão tentando se adaptar ao novo cenário. Para auxiliar nesta mudança, a prefeitura deve publicar, até o fim de fevereiro, um decreto estabelecendo um cronograma para a retirada dos veículos “vencidos” de circulação. 

Mas ainda há outro fator que coloca em risco a renovação dos ônibus: a crise no transporte público de Porto Alegre. Segundo informações da ATP, desde a assinatura da licitação do transporte público, em 2016, as empresas privadas acumulam prejuízo de R$ 140 milhões. Em função disso, ainda não se sabe quando e se eles serão substituídos por novos carros.



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