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Em nome da saúde

Confira dicas de alimentação saudável para os bebês

Especialistas apontam alimentos que podem e não podem ser oferecidos aos pequenos

08/02/2019 - 14h47min


Jéssica Britto
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Pixabay / Divulgação
Saúde dos pequenos deve ser prioridade

O primeiro ano de vida é caracterizado por rápidas mudanças nas crianças. A alimentação saudável possibilita o crescimento e desenvolvimento adequados, além de manter o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos, atua na prevenção de doenças como a anemia e a obesidade. Ficar atento ao que é oferecido ao bebê, desde muito cedo, é um ato de prevenção e carinho. Confira algumas dicas de especialistas!

Primeiros anos
Conforme a médica pediatra do Hospital São Lucas da PUCRS Simone Sudbrack, à medida que os bebês adquirem controle sobre o tronco, ou seja, quando conseguem sentar, eles também progridem da capacidade de ingerir líquidos para a capacidade de engolir alimentos sólidos. As habilidades de mastigação progridem de um mecanismo básico de sugar e engolir o leite materno ou a mamadeira para um mecanismo de mastigar e engolir alimentos semissólidos e texturas mais difíceis. 

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– Estudos mostram que, quando há variedade na dieta e exposição a frutas, legumes e verduras nos primeiros anos de vida, haverá uma melhor aceitação desses alimentos pelas crianças ao longo de sua vida. Os padrões de alimentação e as preferências alimentares são estabelecidos no início da vida.

Novos conceitos
Pode dar sal? Bolacha? Café? Que pai ou mãe nunca escutou de algum parente mais velho: "Eu sempre dei esse alimento ao meu filho e nunca aconteceu nada!" Não é uma mudança só de hábito, mas também de cultura. 

– Não há como negar que, no tempo das vovós, os cuidados com o bebê eram muito diferentes dos indicados hoje. Recomendava-se dar suco de frutas para o bebê com um mês, papa de frutas com dois meses, almoço com três e jantar com quatro. Hoje, isso é impensável – detalha a pediatra.

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Não se deve dar suco a bebês abaixo de um ano, pois a bebida aumenta o risco de obesidade e diabetes, por exemplo. Já as frutas, introduzidas após os seis meses, não devem ser passadas na peneira nem cozidas, para que não percam as fibras e as vitaminas.

– Outro alimento que antes era liberado a partir dos seis meses e, atualmente, é proibido até que a criança complete um ano é o leite de vaca, bastante associado ao surgimento da alergia alimentar – orienta a especialista

Zelo, não exagero
Conforme a pediatra, deve-se fazer uso de alimentos in natura ou minimamente processados na base da alimentação infantil, principalmente nos três primeiros anos de idade.

– Nesse sentido, entendemos que o aleitamento materno deve ser continuado até os dois anos de idade e garantir uma alimentação adequada e variada – destaca.

O consumo de alimentos ultraprocessados (enlatados e conservas, extratos ou concentrados de tomate, frutas em calda e cristalizadas, castanhas adicionadas de açúcar, carne salgadas, queijos) deve ser evitados. Eles são fabricados com a adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre, o que os torna desequilibrados nutricionalmente. Por isso, seu consumo pode elevar o risco de doenças, como as do coração, obesidade e diabetes.  

Pode ou não pode?

Confira as dicas da nutricionista clínica do Hospital São Lucas da Pucrs Bianca Penteado Favero:

Leite de vaca

/// Não pode. O leite de vaca é contraindicado para crianças menores de um ano devido à sua composição. Esse alimento tem baixos teores de ácidos graxos essenciais, ou seja, a gordura “boa” fundamental para o desenvolvimento. Quando não for possível ofertar leite materno, é recomendado o uso de fórmulas infantis.

Sal 

/// Até um ano, não pode. Depois disso, apenas com moderação.

Chocolate

/// Não é recomendado que crianças menores de dois anos consumam açúcar. Nesse período, está em formação o hábito alimentar da criança. Além de não adicionar açúcar aos alimentos, evite preparações que contenham o ingrediente (bolos, bolachas e doces).

Mel

///  Apesar de ser natural, não é recomendado que crianças menores de um ano consumam, pois há risco de contaminação por uma bactéria associada ao botulismo (envenenamento raro causado por toxinas) e por conter componentes  semelhantes ao açúcar.

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