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Chora Cavaco

Renato Dornelles: fim de uma tradição

Colunista repercute a decisão da Embaixadores do Ritmo de acabar com as atividades

07/02/2019 - 08h00min

Atualizada em: 07/02/2019 - 09h44min


Arte / Diário Gaúcho

A eterna Bordô-e-Branco despede-se do Carnaval. Sim, pois, ainda que nos desfiles mais recentes a Embaixadores do Ritmo tenha trocado sua cor predominante pelo vermelho, o vistoso bordô marcou sua existência. 

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Lembro-me de Adolfo Giró, um dos grandes baluartes do Carnaval de Porto Alegre, falecido há duas semanas, falar com orgulho que a entidade nunca havia se licenciado. E sua escola deixa de existir um mês antes de quebrar essa escrita. Desde a fundação, em 11 de fevereiro de 1950, em 2019 seria o primeiro ano em que, havendo desfiles, a Embaixadores não participaria.

Honra

Tive a honra de, em 2000, juntamente com Kléber Giró, um dos filhos de Adolfo, elaborar o enredo da Embaixadores que, por conta de seu cinquentenário, lembrou fatos relevantes na história do Brasil no período.

É preciso lembrar também que a escola prestou grandes homenagens e levou para o Porto Seco figuras como Os Fagundes e a educadora Losângela Ferreira Soares, a Tia Lolô. Isso, por conta de seu ex-presidente e diretor de Carnaval, Gustavo Giró, o Girozinho, também filho de Adolfo.

Aliás, Girozinho foi responsável por um novo modelo de Carnaval, no qual alegorias e fantasias utilizadas em anos anteriores por entidades do Rio de Janeiro ou de São Paulo eram compradas e adaptadas no barracão da escola. O formato provocou muita polêmica, mas foi com ele que a Embaixadores conquistou a sua melhor classificação, um vice-campeonato em 2015.


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