Seu Problema é Nosso
Menino de Cachoeirinha sonha em participar de torneio argentino de futebol
Para que Daniel Padinha, 11 anos, consiga viajar, precisa arrecadar R$ 2.500. A família organizou uma vaquinha online para alcançar a meta até dia 13 de julho
— Quem o conheceu antes do esporte, não acredita no jeito que está agora —, conta a dona de casa Ana Padilha, 38 anos, mãe do pequeno craque Daniel Padilha, 11 anos.
Leia mais
Medicamentos seguem em falta para pacientes de Canoas
Com risco de ruir, muro de colégio gera preocupação em Canoas
Moradora de Cachoeirinha reclama de atendimento em posto de saúde no bairro Jardim Betânia
Atuando como atacante na categoria Sub12 do Esporte Clube Cruzeiro, de Cachoeirinha, o menino tímido, hoje, quer viajar para fora do país com a equipe. O objetivo da viagem é participar do Torneio Internacional de Futebol Infantil Sueño Celeste, que ocorre na cidade de Rafaela, na Província de Santa Fé, Argentina, entre os dias 13 e 20 de agosto.
— Quando começou a jogar, ele tinha vergonha até de frequentar os treinos. Foi uma surpresa pra nós quando disse que queria viajar. Nunca vi meu filho tão empolgado com algo —, diz a mãe.
Dificuldade
Entretanto, o valor de R$ 2.500, referente aos custos com a viagem, é um impasse para a família de quatro integrantes, moradora da Granja Esperança, em Cachoeirinha. Como a mãe está desempregada, eles contam apenas com o salário de auxiliar de almoxarifado do pai, Gilson Padilha, 49 anos, para sobreviver. Foi aí que a irmã, a estudante Gabriele Padilha, 19 anos, decidiu criar uma vaquinha na internet para arrecadar a quantia.
Até agora, a campanha levantou R$ 50. A meta é conseguir todo o dinheiro até o dia 13 de julho.
— Ele está muito ansioso, toda hora pergunta se alguém ajudou. Estamos com o pensamento positivo, mas sabemos que é difícil —, afirma a mãe, que vende artesanato para conseguir pagar o valor da mensalidade da escolinha de futebol do filho.
“Hoje ele é outro menino”, conta mãe
Como muitos guris da sua idade, Daniel quer ser jogador de futebol. Mas nem sempre foi assim. Ainda bebê, teve fortes crises de asma e precisou ser internado.
— Aos nove meses, o levamos praticamente morto ao hospital. Os médicos nos tiraram as esperanças, porque ele não conseguia respirar e não reagia — conta a mãe.
Com o passar dos anos, as crises foram diminuindo, mas praticar esportes nunca foi um hábito do guri. Até que, aos oito anos, ele quis frequentar uma escolinha de futebol. A família embarcou na ideia, acreditando que ajudaria em seu desenvolvimento.
— Hoje ele é outro menino. O esporte foi muito importante para o meu filho — relata Ana.
Daniel conta que seu maior ídolo é o argentino Lionel Messi. Agora, ele tem o sonho de jogar no país em que o craque do Barcelona nasceu. Ao conseguir sua meta, será o primeiro membro da família a viajar para fora do Brasil. Emocionada, Ana garante estar empenhada para que o pequeno atacante possa marcar um gol na terra de Messi.
Como ajudar
/// Doe na vaquinha online.
/// Mais informações: (51) 98660-1700.
Produção: Camila Bengo