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Coluna da Maga

Magali Moraes e os barulhos escandalosos do lar, doce lar

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

07/05/2019 - 11h59min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Poderia ser um alarme soando para todos evacuarem o prédio. Ou então um gerador ligado de repente (esse sabe ser barulhento). Talvez o aviso de que extraterrestres invadiram a Terra e estão aniquilando os terráqueos do meu bairro. Mas não. Levei algum tempo pra ter certeza do que era e de onde vinha. O barulho escandaloso em questão é a lava-roupas de uma vizinha. Se um trovão fizesse ruído constante, seria assim. Será que a família usa protetor auricular quando liga a máquina?

Fecham a janela da área de serviço, isso eu reparei. Uma simpática tentativa de diminuir o barulho – o que demonstra alguma consideração com a vizinhança. E nem sempre dá pra comprar uma lava-roupas nova e silenciosa, né? Cheguei a pensar se eles se davam conta do barulhão gerado no aconchego do lar. Mas fecham a janela, o que serve como prova do crime na próxima reunião de condomínio. O mais provável é que essa família já tenha se acostumado com o nível de ruído e nem ligue mais.

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Edredom

Se os lençóis e toalhas centrifugando lá dentro pudessem falar, diriam constrangidos: "Eu só moro aqui!!" Um edredom tamanho king produziria um barulho gigante, mas ninguém lava edredom em casa todo santo dia. Seriam os uniformes de um time de futebol após um campeonato, sentindo o peso da derrota? Roupinhas infantis e super barulhentas? Camisetas que voltaram da balada e seguem batucando no tambor da máquina? Lava-roupas dançando na área de serviço também acontece.

Alô, assistência técnica! Dá um pulinho aqui no prédio e deixa cartões de visita nas caixas de correspondência. E outros tipos de barulho sem conserto? TV ou música super alta, choros e agitos de criança (quem nunca), latidos de cachorros, brigas. Até um ronco de muitos decibéis ultrapassa paredes e andares. Viver em condomínio requer paciência e diplomacia. A política da boa vizinhança às vezes é complicada como no Congresso Nacional em Brasília: funciona na base do jeitinho. 



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