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Como vão funcionar os novos restaurantes populares de Porto Alegre

Prefeitura lança hoje o chamamento público para instalação dos novos locais. Serão seis restaurantes nas quatro regiões da cidade

05/06/2019 - 05h00min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
Local que oferecia refeições a R$ 1 na Capital fechou no início de maio

A comida vai voltar ao prato de quem dependia do Restaurante Popular de Porto Alegre, fechado pela prefeitura no dia 9 de maio. Apesar de o atendimento ser mantido provisoriamente aos moradores de rua no Ginásio Tesourinha, pessoas de baixa renda que iam ao local, no bairro Floresta, e almoçavam pagando apenas R$ 1, ficaram sem assistência.

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Nos restaurantes novos, a ideia da administração seria atender apenas aos moradores de rua, sem nenhuma cobrança. Entretanto, as críticas ao modelo parecem ter alterado os planos da prefeitura. Agora, segundo material que está sendo distribuído pelo poder público aos frequentadores, o leque de usuários será ampliado. 

Além dos moradores de rua, as famílias em situação de extrema pobreza e idosos vulneráveis — pessoas que eram comumente vistas no antigo Restaurante Popular — também serão atendidas. A ideia de não cobrar pelo almoço segue valendo. Todos os detalhes devem ser desmembrados na manhã desta quarta-feira (5), quando a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (Smdse) lança o edital de chamamento público para contratação de uma organização social civil que irá gerir os estabelecimentos.

Superação

O Diário Gaúcho adianta que serão seis restaurantes, espalhados pelas quatro regiões da cidade. Dois devem ficar na região central, servindo, por dia, 200 refeições cada um. Outros dois estarão na Zona Sul, com 100 almoços sendo servidos em cada ponto. Ainda haverá um restaurante na Zona Norte e outro na Zona Leste, em ambos, também serão 100 refeições entregues por dia.

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Conforme a secretária Nádia Gerhard, titular da Smdse, explicou à época do fechamento do Restaurante Popular, a intenção da prefeitura é que o trabalho não se limite somente à entrega das refeições. Por isso, além de almoçar nos locais, os usuários passarão por palestras e oficinas três vezes por semana. Os temas abordados serão saúde, trabalho e serviços. Aliado a isto, os frequentadores terão um plano de superação, que será construído pela diretoria de Direitos Humanos da Smdse.

Cadastro de usuários

O direito ao uso dos restaurantes estará atrelado a regularidade do cadastro dos usuários junto as iniciativas de assistência social do município, como CAPS, Centro POP, Sine ou Mais Dignidade, entre outros programas da prefeitura. Como já adiantado pela prefeitura, após lançado o chamamento público, o prazo para os novos estabelecimentos estarem funcionando é de até 60 dias.

Procurada, a secretaria não quis comentar os novos modelos e disse que dúvidas seriam esclarecidas no lançamento do edital de chamamento.


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