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Abertura em breve

Prédios dos novos restaurantes populares da Capital já foram escolhidos

Locais, que ficam nos bairros Centro e Santa Tereza, devem começar a funcionar no mês que vem

24/10/2019 - 05h00min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Omar Freitas / Agencia RBS
Prédio na Rua Garibaldi, perto da rodoviária da Capital, receberá um dos restaurantes

Os pratos de comida dos novos restaurantes populares de Porto Alegre já têm lugar para serem servidos. Os dois novos estabelecimentos serão administrados por uma organização civil (OSCIP). Uma unidade estará na Rua Garibaldi, na região do bairro Floresta, próximo à Estação Rodoviária. O outro local para atendimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social ficará na Rua Dona Otília, na região da Vila Cruzeiro, comunidade no bairro Santa Tereza.  

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A prefeitura já havia divulgado as regiões onde cada estabelecimento deveria ser instalado. Entretanto, os endereços exatos ainda não eram de conhecimento público. O Diário Gaúcho conversou com o presidente da Associação Beith Shalom, que administrará os locais, Niles Kael Junior. Ele adiantou a localização dos estabelecimentos. 

O contrato entre a prefeitura e a entidade, já conhecida pelo Projeto Amor, que distribui refeições a pessoas em situação de rua da Capital, foi firmado na semana passada. Conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (Smdse), a abertura dos estabelecimentos deve ocorrer em até 30 dias depois da assinatura do contrato. Assim, se cumprido o prazo, os bandejões estarão recebendo frequentadores ainda no mês de novembro. Por enquanto, quem depende do almoço fornecido pelo município está sendo atendido no Ginásio Tesourinha, no bairro Menino Deus. O trabalho no local deve seguir até a abertura dos novos restaurantes populares.

300 refeições

Os prazos divulgados na semana passada são diferentes do que a prefeitura havia prometido em agosto, quando a ideia era abrir seis estabelecimentos. A abertura das propostas do chamamento público não teve interessados para todos os locais. A associação Beith Shalom, com sede em Viamão, venceu dois lotes da concorrência. Uma terceira unidade seria aberta na Zona Norte, administrada pela Ação Social Aliança do Rio Grande do Sul (ASA-RS). Porém, a instituição desistiu do trabalho. 

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Com isso, a prefeitura lançou novo edital para tentar procurar interessados. A ideia ainda é abrir seis restaurantes que, juntos, serviriam 800 almoços por dia. Entretanto, isso ainda não tem previsão. Por enquanto, serão 300 refeições — 200 no Centro e 100 na Zona Sul. O número dos dois pontos é menor do que os 500 pratos servidos diariamente no antigo Restaurante Popular, que fechou as portas em maio. A razão foi o fim de contrato entre o município e a empresa que administrava o local.

As refeições serão distribuídas gratuitamente a pessoas com cadastro na Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). A prefeitura vai investir o total de R$ 2,6 milhões em todas as unidades. 

Omar Freitas / Agencia RBS
No prédio da Rua Dona Otília serão servidas 100 refeições por dia

"Trabalho reconhecido"

O presidente da associação Beith Shalom, entidade fundada pela Primeira Igreja Batista Brasileira de Porto Alegre, conhecida como Igreja Brasa, garante que o projeto em Porto Alegre é a realização de um sonho. Na sua sede em Viamão, a Beith Shalom também trabalha em conjunto com o poder público, administrando um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes. 

Na Capital, a entidade possui parcerias com a prefeitura e com o governo do Estado. A nível municipal, o grupo tem espaços na Cruzeiro e na Restinga, onde atende crianças e adolescentes. Entre outros projetos, são feitas atividades culturais e esportivas. A relação da entidade com o Estado é na administração de uma casa para acolhimento de acompanhantes de pessoas internadas via SUS no Hospital Conceição, na Zona Norte.

— Sempre tivemos boa relação com a prefeitura e com os moradores de rua através do Projeto Amor. E a ideia deste projeto em Porto Alegre, de oferecer mais do que comida, mas também a chance de ressocialização, vai muito ao encontro do nosso desejo — projeta Niles.


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