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Coluna da Maga

Magali Moraes: a Black Friday e seu dinheirinho suado

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

25/11/2019 - 10h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Nesta semana, o comércio vai fazer de tudo pra te convencer a aproveitar ofertas imperdíveis de produtos que você nem sabe se precisa. Muita calma nessa hora! A Black Friday é uma data gringa que a gente copiou dos Estados Unidos. Como o nome indica, deveria ser apenas um dia – a sexta-feira depois do Thanksgiving (o Dia de Ação de Graças americano). É a data mais importante deles. O pessoal se reúne em família pra agradecer. E no dia seguinte, com a pança cheia de peru, se joga nas lojas.

Lá a Black Friday abre oficialmente o período de Natal com promoções arrasadoras. Por aqui acontece aquele truque do "tudo pela metade do dobro". Sem falar que a nossa Black Friday dura dias, a semana toda, estica até não poder mais. É claro que algumas empresas levam a sério o respeito ao consumidor e não prometem milagres. Mas tem que ficar de olho bem aberto. Pior é que os preços baixos fazem a gente comprar sem necessidade. Quando os boletos chegam, a ficha cai.

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Bem que podiam inventar a Black Friday das contas a pagar. A imobiliária dá 70% de desconto no valor do condomínio. A escola cria a promo "Pague 1 mensalidade, Ganhe 2". A água e a luz também entram no espírito e barateiam a próxima fatura. Alô, IPTU e IPVA! Bora entrar na Black Friday! E se os bancos fizessem uma batalha pra ver quem oferece mais descontos pra quem tá no vermelho reorganizar a vida? Quem sabe a Black Friday do juro zero no cheque especial? Jura. Chega de sonhar. 

Se não tá fácil pagar as dívidas que a gente já tem, pra que fazer novas? Precisando MUITO – e pesquisando MUITO –, a Black Friday pode ser a chance de trocar a lava-roupas que já sai caminhando sozinha pela vizinhança. Não tenha vergonha de pechinchar um benefício extra. Cada um sabe o quanto rala pra ganhar seu dinheiro. Faz três anos que escrevo sobre a Black Friday no final de novembro. Se tem algo que não custa nada é alertar. Cuidado com as compras por impulso, tá? 



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