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Coluna da Maga

Magali Moraes e a pontualidade: um sonho possível?

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

11/12/2019 - 10h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Esses dias tomei um chá de banco esperando a minha vez de ser atendida. De olho no relógio, pensei na bola de neve que se forma quando algo ou alguém atrasa a nossa vida. Peraí que achei uma metáfora melhor! Sabe as pecinhas de dominó em pé, enfileiradas uma a uma? Quando o primeiro dominó da fileira cai, derruba todos os outros. É mais ou menos isso que acontece com os nossos compromissos ao longo do dia. Atrasou um, desandou geral. E o coração fica querendo sair pela boca.

Os atrasos são realmente inevitáveis ou podemos nos esforçar para que eles não aconteçam? Cada caso é um caso, eu sei. E assim vamos levando. Atrasos cotidianos. Num dia somos nós os prejudicados. No outro, somos quem prejudica. Sabe aquilo de cobrar pontualidade, mas nem sempre conseguir ser pontual? Também tem a questão cultural. O Brasil é a terra do jeitinho. Eu me pergunto se a tal pontualidade britânica não deveria ser regra em todos os países, pra todas as pessoas. 

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Relógio

Será que os britânicos são de fato pontuais no dia a dia? Na Europa, os metrôs e trens funcionam como um relógio suíço (só pra citar outro país famoso pela pontualidade). Se aparecer um aviso no painel dizendo que o próximo trem chega em um minuto, pode apostar que sim. Não é força de expressão. É respeito pelos horários e comprometimento. Já os médicos são campeões de atraso. E quando finalmente chega a nossa vez de sermos atendidos, gostamos de esticar a conversa e receber atenção.

Eu geralmente me atraso de manhã, e sei o motivo: quero fazer muitas coisas antes de sair de casa. Se eu acordar uma hora mais cedo, vou inventar o dobro de atividades. Depois corro contra o tempo e viro a ansiedade em pessoa. Mudar hábitos é difícil, mas a gente pode tentar. Que luxo ser pontual e calcular uns 10 minutos de folga pra chegar nos lugares com tranquilidade. Mas e o trânsito? E o elevador que demora? E os imprevistos no meio do caminho? Sempre eles. Sorte nossa. 



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