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Socorristas voluntários de Gravataí buscam recursos para construir sede

Grupo está arrecadando doações em dinheiro e material de construção 

23/12/2019 - 10h16min


RS Resgata foi fundado em 2012

A turma de socorristas voluntários RS Resgata, de Gravataí, foi fundada em 2012 com o objetivo de ajudar e socorrer a comunidade local em acidentes. Porém, dessa vez, quem está precisando de ajuda é ela. 

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Sem sede, mas com um terreno cedido, pronto para receber a construção, o grupo necessita de doações de material para conseguir edificar a estrutura. Nela, tomará lugar o Núcleo de Operações Especiais, como é chamada a sede da equipe, para continuar o trabalho prestado ao município. 

Desde a sua criação, os voluntários se instalaram no local de trabalho do presidente do RS Resgata e coordenador de operações, João Carlos de Mello, 48 anos. O local era uma fábrica de reboques em Gravataí, próximo à Parada 106. Isso ocorreu até o momento em que a prefeitura cedeu a área de uma praça que, na época, não era utilizada, para o grupo se fixar. 

Porém, após pouco tempo no local, a associação de moradores do bairro solicitou o terreno de volta. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Aulas de primeiros socorros são ministradas para arrecadar recursos

Contêiner 

Sem ter onde ficar, a equipe se revezava nos plantões de fins de semana entre postos de gasolina e rodando com as ambulâncias pela cidade, prontos para atender aos chamados. 

Este ano, a prefeitura disponibilizou novamente outra praça sem utilização, na rua Julio de Castilhos, no bairro Neópolis. Entretanto, agora, o grupo precisa de materiais de construção para erguer a sede dos voluntários. 

João de Mello explica o que é necessário:

— A prioridade agora é conseguir os materiais e instalar água e luz. Se não começarmos a obra o mais breve possível, com energia e encanamento, a gente consegue se virar até construir tudo. Estamos também tentando obter um contêiner para nos receber temporariamente. 

Orgulhoso de “ salvar vidas” 

Desde o seu início, a equipe, formada hoje por 15 pessoas, trabalha aos fins de semana de forma totalmente voluntária. 

Por isso, sem ter apoio financeiro da prefeitura – apenas o terreno –, a maior parte dos materiais utilizados provém de doações: desde a gasolina das ambulâncias até as luvas, máscaras e afins. 

Porém, apesar de serem muito bem acolhidos pela população, nem sempre o que ganham é o suficiente para manter o grupo: os automóveis utilizados nos salvamentos foram conseguidos por meio de pedágios solidários nas ruas de Gravataí. 

Aulas de primeiros socorros também são dadas pelo grupo com o intuito de juntar dinheiro para se manter. 

Mesmo com as dificuldades financeiras, o mecânico e socorrista Maurício Costa de Oliveira, 41 anos, sente- se orgulhoso de fazer parte da equipe:

— Pode ser difícil, mas participar disso é inexplicável. Salvar vidas sempre é maravilhoso. 

Produção: Thayná Souza


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