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Coluna da Maga

Magali Moraes e o Bloco da Laje

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

31/01/2020 - 07h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

 

Aposto que ainda tem gente que não se recuperou totalmente do último domingo, e o glitter tá na corrente sanguínea. Foi um dia inteiro de folia pra quem seguiu o Bloco da Laje pelas ruas de Porto Alegre. Eu, que não sou nada carnavalesca, senti vontade de ver esses loucos de perto. Lá no "Feici", eles se apresentam como um coletivo de brincantes. O bloco foi criado pra reunir amigos, artistas e simpatizantes pra promover cortejos pré-carnavalescos e deixar a cidade mais colorida. 

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 Também quero ser brincante! Que expressão mais linda. É certo que adultos brincantes são mais felizes. E se a gente decidir ser brincante ao longo do ano, na vida, em casa, no trabalho - e não apenas no carnaval? Que mal tem? Alegria contagia. Pelo que li, tudo começou em 2012 com 2 mil pessoas na Cidade Baixa. As fotos de 2020 mostram um mar de gente. Em pleno janeiro, 20 mil pessoas trocaram a praia pelo asfalto. Preferiram o calorão de Forno Alegre pra celebrar e brincar.

Cor

Sabe uma parte que me encantou? As mil e uma maneiras de interpretar o amarelo, azul e vermelho. Bloco tem que ter cor, né? E tudo tem significado. As cores são primárias e as fantasias, criativas. A ordem é o Faça Você Mesmo. E de preferência, reúna os amigos pra criar tiaras, bandeiras e figurinos. Mas sem se levar tão a sério. O Bloco da Laje valoriza mais a criatividade do que o luxo. Esquece a Sapucaí: aqui a beleza tá no improviso, no artesanal, no reciclado, no teatral.

 

Percebi carinhas destruídas chegando segunda de manhã no trabalho. Ouvi outras pessoas contarem de crianças e famílias que curtiram muito o Bloco da Laje. Vi testas arranhadas por tiaras e acessórios - pelo sorriso no rosto, valeu cada arranhão. Então que fique registrada a minha vontade de ir no Bloco da Laje ano que vem. Amigos, imprimam esse texto e me joguem na cara lá perto. Me ajudem a fazer um adereço diferentão. Nem que seja pra escrever outra coluna, eu quero ser brincante.



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