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Pesquisa de preço

Preço do litro da gasolina varia R$ 0,20 em Porto Alegre

Levantamento em 20 postos encontrou valores que ficam entre R$ 4,49 e R$ 4,69

11/02/2020 - 19h32min


Bruno Teixeira
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Tiago Boff
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

O valor do litro da gasolina comum em Porto Alegre varia entre R$ 4,49 e R$ 4,69, conforme levantamento realizado nesta terça-feira (11). A diferença chega a R$ 0,20 entre o maior e o menor preço cobrado. Ao todo, a reportagem considerou os valores praticados em 20 postos de combustíveis espalhados pelas zonas sul, norte, leste e central da Capital.  

 Três estabelecimentos com bandeiras brancas praticam o preço mais barato encontrado pela pesquisa. Um está localizado na Avenida Eduardo Prado, enquanto o outro está na Avenida Cavalhada, ambos na zona sul. O terceiro posto está situado na Avenida Benjamin Constant. Já o valor mais caro é encontrado em três postos distribuídos nas zonas central, norte e leste. No geral, a média de preço entre todos os locais consultados é de R$ 4,57.

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 Os preços mais atrativos estão na Zona Sul, onde o preço máximo praticado entre os cinco postos consultados foi de R$ 4,57. Os motoristas também precisam estar atentos a variação entre o valor cobrado para pagamento em dinheiro ou cartão de débito e cartão de crédito em alguns locais. É o caso de um posto na Avenida Cavalhada, onde a diferença chega a oito centavos a mais para quem utiliza o crédito.  

 Apesar da variação, o preço da gasolina ainda representa um peso no orçamento para motoristas ouvidos pela reportagem. É o caso do contador Cássio Leite Vettorato, 30 anos, que gasta em média R$ 600 por mês com o combustível. 

 — Pesa bastante no orçamento. Uso o carro para visitar clientes e fazer compras pro meu restaurante. Deslocar de ônibus não tem como, devido ao número de locais que eu tenho que ir —  lamenta.  

 Já o entregador André Cruz, 40 anos, desistiu de usar o carro para trabalhar:

— O carro eu abandonei, não dá pra andar mais. Faço tudo de moto — relata. 

A relação entre o preço da gasolina e o poder aquisitivo dos brasileiros é um dos fatores preponderantes para que o consumidor sinta de forma contundente os valores cobrados nas bombas, avalia João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro, sindicato que representa os postos de combustíveis. 

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— Além de tributos altos, temos poder aquisitivo baixo. Em alguns países, o preço da gasolina é tão alto quanto (no Brasil), mas o poder aquisitivo é maior. Tudo isso influencia. 

 A questão dos tributos é alvo de uma polêmica entre o presidente da República Jair Bolsonaro e os governadores dos Estados. Bolsonaro afirmou que os Estados deveriam diminuir o ICMS para que o preço dos combustíveis seja reduzido. Nesta terça-feira (11), reunidos em Brasília, os chefes do Executivo de diversas unidades da Federação - como o governador do RS, Eduardo Leite - se reuniram com Paulo Guedes e pediram para que o presidente reconheça a impossibilidade de zerar o imposto. 

 Os valores observados seguem tendência de redução apresentada na última semana em pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em relação ao patamar observado em janeiro. Na oportunidade, foram consultados 39 postos e a média de preços na Capital ficou em R$ 4,65. 



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