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Eu Sou do Samba

Conheça os integrantes da Corte da Maturidade do Carnaval de Porto Alegre 

Veteranos do samba foram eleitos no último sábado (28) e querem fazer bonito na Avenida 

05/03/2020 - 05h00min


Liliane Pereira
Liliane Pereira
Mateus Bruxel / Agencia RBS
Um quarteto pra lá de animado

No último sábado, o Carnaval de Porto Alegre escolheu sua Corte da Maturidade. Composta por veteranos na nossa cultura, Rei Momo, rainha e princesas prometem agitar o Porto Seco

Tive o prazer de recebê-los na redação do Diário Gaúcho, nesta quarta-feira (4). E digo pra vocês, ri e me diverti muito. A turma, além de animada, tem samba no pé e bom humor. No estúdio de fotos, as meninas ainda brincavam: prazer, Viviane Araujo, Paolla Oliveira e Sabrina Sato.

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A rainha, Jurema Erotildes da Silva, o Rei Momo, Adão Rodrigues de Souza, a 1° princesa, Solange Torbes Alfama, e a 2° princesa, Ida Camargo, vão abrir os desfiles nesta sexta-feira (6). É lindo ver o reconhecimento a estas pessoas, que já têm muitos passos na história do Carnaval.

Seu Adão, como é conhecido, além de muito simpático, é o típico carnavalesco “raiz”.

– Fui concebido na Baronesa do Gravataí (rua no limite entre os bairros Cidade Baixa e Menino Deus, de onde é oriunda a Areal da Baronesa, tradicional no Carnaval de Porto Alegre), berço do samba! E faço parte da Imperadores do Samba há muitos anos. Tenho que cuidar quando falo sobre isso, pois sou muito emotivo – conta ele.

Faço uma recomendação a vocês: estejam na Avenida para ver esse quarteto (e todas as escolas), pois animação não vai faltar. Até sambar eles sambaram durante a visita!

Um papo sobre Carnaval com Rodrigo Costa, da Uespa

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Rodrigo Costa dá o seu relato

Ao longo dos últimos cinco meses, desde que a coluna estreou, tenho trazido para vocês histórias e informações sobre nossa cultura popular carnavalesca. Faltando um dia para os desfiles começarem, resolvi trazer um resumo da situação do Carnaval da Capital e a perspectiva para esse ano. Para isso, pedi ao presidente da União das Escolas de Samba de Porto Alegre, Rodrigo Costa, que desse seu relato sobre o assunto. Confira:

A notícia
“Sou de família carnavalesca. Em 2018, recebi a pior notícia da minha vida em relação a esse assunto: que os desfiles não iam ocorrer. Na época, eu era presidente da Imperadores do Samba. Passei o ano preparando a escola para o desfile, assim como as outras. Um desfile que não aconteceu em função de uma série de coisas, inclusive, pela falta de verba e de aporte financeiro da prefeitura.”

Resistência
“Em 2018, presidentes de escolas e pessoas interessadas foram convocadas para conversar. Resolvemos trabalhar para não passar mais pelo desgosto de não desfilar. Passamos a traçar estratégias para fazer o evento acontecer.  Os presidentes compraram a ideia mesmo sabendo que não teríamos dinheiro. Assim, foi feito o chamado Carnaval da Resistência.” 

Novo plano
“Ao fim do Carnaval de 2019, entendeu-se que as escolas que desfilaram precisavam estar juntas em uma só instituição. Aí, se formou a Uespa. Nesse caminho, conhecemos a Bah! Entretenimento e começamos as tratativas para que eles fizessem o Carnaval de Porto Alegre. Chegamos, então, a uma parceria. Até então, tudo estava sob a gestão da União das Escolas de Samba do Grupo de Acesso de Porto Alegre, que, com o fim da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), era a entidade mais antiga. A Bah é uma empresa privada que, como qualquer outra, visa o lucro. Entretanto, sabia que isso não aconteceria nesse primeiro ano. Eles toparam produzir o Carnaval com intuito de fazê-lo crescer e, no futuro, obter o lucro esperado e conseguir patrocínios para as escolas de samba.”

Esperança
“Em 2020, as escolas do grupo Bronze, que ficaram dois anos seguidos sem desfilar, também foram incluídas evento. Essa também foi uma conquista para o Carnaval. Tenho ido aos barracões e posso dizer que o andamento está muito bom. As escolas vão entrar bem na Avenida, melhores do que no ano passado. Entre as melhorias, está a estrutura. Em 2019, as escolas precisaram se preocupar com isso. Este ano, com a Bah na organização, as agremiações estão mais livres para focar apenas nos desfiles. Estamos trilhando um caminho de construção e de pequenas conquistas para voltarmos a ser fortes como antes.”


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