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Coluna da Maga

Magali Moraes: quem é você no cochilo?

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

07/04/2020 - 11h03min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Essa quarentena é necessária, mas tá me cansando. A gente trabalha muito mais, os dias ficam longos e completamente iguais, as tarefas da casa ocupam qualquer minuto livre. E também cansa só ler notícia ruim. Por isso, no sábado passado eu me dei o direito a tirar um cochilo. As roupas estavam lavadas e penduradas, o chão tinha sido limpo, o pó tirado, a louça limpa do almoço secava na pia, as compras já haviam sido guardadas. Só o meu cansaço ainda precisava ser resolvido.

Sabe quando os olhos pesam? E a gente parece criança teimando em não dormir? Aceitei o que meu corpo pedia. O problema foi quando deitei na cama: a cabeça começou a escrever essa coluna. Pelamor, cérebro! Me deixa descansar. Nessas horas, já aprendi que é melhor anotar do que deixar passar. O cochilo virou sono profundo e sonhei que a casa estava cheia. A cada canto eu descobria novas pessoas, e depois me dei conta que todas elas nunca me visitaram (e não convidei).

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Convívio

Tinha até alguém consertando sei lá o quê. Um típico sonho de quarentena, quando a gente sente falta do convívio social. Tudo isso pra dizer que o soninho à tarde salvou meu bom humor. Daí me dei conta que existem várias modalidades de cochilo. Em qual delas você se encaixa? Tem criatura que dorme em qualquer lugar, rodeada de barulho, tipo criança que junta duas cadeiras em festa e zzzzzzz. Tem os metódicos que vão pro quarto mas não querem bagunçar a cama já arrumada, e mal se mexem. 

Pra mim, o divisor de águas é fechar a janela. Baixou a persiana e escureceu o quarto? Oba! O próximo passo é puxar o travesseiro pra fora da colcha. Tem os que vestem até pijama e vão pra baixo dos lençóis como se fosse de noite. O importante é atender ao chamado do corpo e se permitir descansar. A imunidade do corpo aumenta quando estamos bem dormidos. Mais do que nunca, precisamos nos cuidar. Quem é você no cochilo? Eu sou apenas uma vivente querendo acordar levinha e tranquila.



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