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#DG20ANOS

Vila Safira ganhou uma praça após apelo de morador ao DG

Zona Norte da Capital tem um espaço de lazer graças a matéria do Diário Gaúcho

17/04/2020 - 09h01min

Atualizada em: 17/04/2020 - 12h02min


Lis Aline Silveira
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Omar Freitas / Agencia RBS
O líder comunitário Cláudio e a boneca que simboliza a luta na Safira

Um terreno irregular, com três árvores, oito balanços, um escorregador e um trepa-trepa, na esquina das ruas Luiz Sibenberg e Saturnino José Geraldo, é um dos poucos espaços de lazer para a comunidade da Vila Safira, na zona norte da Capital. As origens da Praça Vó Chica e do Diário Gaúcho são bem próximas.

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Quem conta a história é o pintor Cláudio Roberto da Costa, 56 anos, morador do local e conhecido por tocar o projeto social Vó Chica, que foi encerrado recentemente:

— Aquele espaço era um lixão. Colocavam ali animais mortos, poda de árvores, restos... E as pessoas invadiam para morar. Daí, vinha o pessoal do setor de áreas de risco e retirava.

Segundo Cláudio, na terceira vez em que uma ocupação foi retirada, ele decidiu ir até a prefeitura. Descobriu que, desde 1962, havia um projeto para transformar a área em uma praça.

— Entrei com protocolo na prefeitura, mas nada de a situação mudar. Quando fechou um ano sem respostas, surgiu o DG — lembra.

O pintor relata que, certo dia, caminhava pelo Centro pensando que iria comprar um bolo para fazer uma "festa", celebrando o primeiro ano de protocolo aberto sem resultado. Foi quando, na Rua Alberto Bins, deparou com o carro do Diário Gaúcho:

— Abordei a equipe e contei a história, que acabou saindo no jornal. Cerca de um mês depois, vieram os primeiros brinquedos.  

A primeira reportagem foi publicada no dia 12 de abril de 2001, com o título "Autônomo quer lazer contra a violência". Em 28 de julho de 2001, a matéria "Moradores ganham praça da prefeitura" mostra a festa da comunidade, com direito a faixa de agradecimento ao DG.

Homenagem a parteira e benzedeira do local 

Júlio Cordeiro / Ver Descrição
Vó Chica

A praça recebeu o nome de Vó Chica, em homenagem à antiga moradora Maria Francisca Gomes Garcia, parteira, benzedeira e liderança da vila, falecida em 1983, aos 107 anos. Há 10 anos, um boneco representando a líder está presente nos eventos locais.

Com o tempo, a comunidade local conquistou iluminação e canalização do esgoto a céu aberto que passava junto à praça. O próximo passo, diz Cláudio, é ampliar a calçada para todo o redor da praça.

Na tarde em que o DG visitou o local, foi possível comprovar a movimentação na Praça Vó Chica. Crianças brincando, pessoas passeando com o cachorro e tomando chimarrão ocupavam o local.

— Venho de tardezinha, para trazer a Lara, minha filha de quatro anos, para brincar. É um espaço bom para todos — diz a dona de casa Rosane Freitas, 40 anos.

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