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Coluna da Maga

Magali Moraes e o vidro da mesa

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

15/07/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Tava aqui imaginando se mais alguém se arrepende de ter comprado mesa com tampo de vidro. Sim, ela é bonita e deixa o ambiente mais leve. Mas é um inferno pra limpar. É como se fosse uma eterna cena do crime em filme policial: sempre cheia de impressões digitais. E a gente? Morta de tanto esfregar. Só falta algum detetive descobrir por que uma mesa com tampo de vidro também fica com marcas de dedos no lado avesso em lugares inalcançáveis. Sem crianças em casa, vou culpar quem? 

Nessas horas, penso que estou movimentando a indústria de limpa-vidros. São tantas borrifadas ao longo do dia (da semana, do ano) que provavelmente minhas mesas geram muitos empregos. Reparou no plural? São duas aqui em casa. A de jantar e a do meu cantinho no escritório, onde escrevo as colunas e há quatro meses trabalho o dia inteiro. Pulo de uma mesa pra outra, tentando variar o cenário. Espalho as minhas digitais e fico nesse círculo vicioso de escrever, limpar, escrever, limpar. 

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Cotovelo

Tem outro agravante. No inverno, a gente precisa hidratar bem a pele. E adivinha? Os tampos de vidro sujam muito mais. Marcam dedos, antebraço, cotovelo. Especialmente naquela hora do solzinho ao meio-dia, quando arregaçamos as mangas. Que dilema. Deixo a pele ressecar pra manter a mesa limpa? Ou aumento o estoque de limpa-vidros? Se a tela suja do celular já incomoda, imagina uma área bem maior. Talvez seja TOC, e você nunca tenha reparado em digitais num tampo de vidro.

Agora vai, aposto. Que as toalhas de mesa me ajudem a ser menos obcecada com isso. É curioso que os vidros da janela embaçam por causa da umidade e, depois, secam sozinhos. Já os tampos de vidro, não. Bem que poderiam ser autolimpantes. Idem os espelhos do banheiro. Fica a dica pros fabricantes. Opa! Esqueci das prateleiras de vidro. Também tenho. Elas não marcam os dedos, só o pó mesmo. E como! Chegamos ao ponto final. Lá vou eu dar uma borrifadinha no tampo de vidro.



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