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O Diário Gaúcho te ajuda a entender as mudanças previstas na gasolina

O Diário Gaúcho convidou o repórter de GaúchaZH, Leonardo Vieceli, para explicar as modificações no combustível que devem ocorrer a partir de agosto

16/07/2020 - 05h00min


Leonardo Vieceli
Leonardo Vieceli
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Marcelo Casagrande / Agencia RBS
Mais caro, porém com melhor rendimento

A gasolina que chegará aos carros terá nova composição a partir de agosto no Brasil. As mudanças foram autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que regula o setor. Segundo especialistas, as alterações devem impactar tanto o preço quanto o rendimento do combustível. O repórter de GaúchaZH Leonardo Vieceli explica o que muda. 

Por que haverá as mudanças? 

As alterações buscam elevar a qualidade do produto, dizem Petrobras e ANP. Entre as mudanças, está a definição de nível mínimo de octanagem na gasolina, por exemplo. Na prática, a ideia é melhorar o rendimento do combustível, em nível similar ao que ocorre na Europa e nos Estados Unidos. 

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O preço vai subir?

Com as alterações, os custos de produção da Petrobras devem aumentar nas refinarias. Assim, devem pressionar os preços cobrados nas bombas, com possível elevação para o consumidor. Essa alta, contudo, pode ser compensada pelo melhor rendimento do combustível, diz a Petrobras.

– É como comparar um uísque de 12 anos com um de oito. Hoje, estamos com o de oito. A qualidade vai subir, teremos um combustível com melhor rendimento – define João Luiz Zuñeda, sócio-fundador da consultoria MaxiQuim.

Qual será o ganho de rendimento?

A Petrobras projeta que, em razão da mudança na composição, o consumo de gasolina cairá de 4% a 6% por quilômetro. Ou seja, o motorista conseguiria rodar mais por litro, o que compensaria o aumento nos custos de produção do novo combustível.

– O desgaste no motor será menor com a nova gasolina. É lógico que, em um primeiro momento, é difícil ter essa percepção, ainda mais durante uma crise. Ninguém gosta de pagar mais. Só que é importante entender que o produto não será mais o mesmo – pontua Zuñeda.

A ANP afirma que, além de aprimorar a qualidade do combustível, as mudanças “viabilizam a introdução de tecnologias de motores mais eficientes, com menores níveis de consumo e emissões atmosféricas”.



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