Preço deve subir
Nova gasolina se torna obrigatória no país a partir desta segunda-feira
Segundo a ANP, mudanças proporcionam maior eficiência energética e melhoram autonomia dos veículos. Distribuidoras terão ainda dois meses para se adequar
A partir desta segunda-feira (3), toda a gasolina vendida no país terá que seguir novas especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que melhoram o rendimento dos veículos. A expectativa, porém, é de que a mudança tenha impacto no preço do combustível.
As novas especificações foram definidas pela ANP em janeiro e estipulam uma massa específica mínima e um valor mínimo de octanagen RON (sigla em inglês para Número de Octanas Pesquisa). A octanagem é uma medida que tem relação com a qualidade de combustão do combustível.
Na primeira fase das mudanças, que entram em vigor nesta segunda, o valor mínimo de RON será 92. Em janeiro de 2022, o número deve ser elevado para 93, mais próximo dos 95 vigentes na maior parte da Europa.
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"Essas novas especificações aprimoram a qualidade da gasolina brasileira, proporcionam maior eficiência energética, melhorando a autonomia dos veículos pela diminuição de consumo, e viabilizam a introdução de tecnologias de motores mais eficientes, com menores níveis de consumo e emissões atmosféricas", disse a ANP em nota.
A Petrobras, maior produtora de gasolina no Brasil, informou, no final de junho, que já está preparada para abastecer o mercado com as novas regras. Segundo a estatal, a melhora na qualidade vai permitir redução de 4% a 6% no consumo por quilômetro rodado e que a nova especificação melhora o desempenho do motor, a dirigibilidade e o tempo de resposta na partida a frio, além de manter aquecimento adequado do motor.
A Petrobras diz ainda que uma eventual elevação de preço será compensada pelo ganho de rendimento do motor, "porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro". O preço de venda da gasolina pelas refinaras da Petrobras representa 28% do valor final do combustível — o restante são impostos e margens de lucro de postos e distribuidoras.
As distribuidoras terão ainda dois meses para se adequar às novas regras, e as distribuidoras, três meses. O prazo tem por objetivo permitir "o escoamento de possíveis produtos comercializados até o dia 2 de agosto ainda sem atender integralmente às novas características", conforme a ANP.