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Ligações perigosas

Os cruzamentos que registraram mais acidentes em Porto Alegre neste ano

Entre os 13 locais com mais ocorrências, quatro estão na Avenida Ipiranga

13/08/2020 - 09h11min


GZH
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Jefferson Botega / Agencia RBS
Cruzamento entre as ruas Dona Margarida e Edu Chaves lidera o ranking, com 14 acidentes registrados em 2020

O acidente ocorrido na última segunda-feira (10), quando uma Chevrolet Montana colidiu com um ônibus no cruzamento entre as ruas Silva Jardim e Tito Lívio Zambechari, no qual morreu o passageiro do carro, não é caso isolado em Porto Alegre. 

Entre janeiro e julho deste ano, segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), foram registradas 114 colisões em apenas 13 cruzamentos da Capital.

A lista é liderada pelo encontro entre as ruas Dona Margarida e Edu Chaves, onde foram contabilizadas 14 ocorrências no período. Logo após, empatados na segunda posição, com 11 acidentes, estão os cruzamentos das avenidas Assis Brasil e Bernardino Silveira de Amorim e da Avenida Ipiranga com a Rua Dr. Salvador França (veja abaixo o ranking completo).

Quando o assunto é a gravidade das ocorrências, entretanto, a listagem muda. O cruzamento que contabilizou acidentes mais severos no período, segundo a EPTC, foi o da Avenida Ipiranga com a Rua Dr. Salvador França. Aliás, é a Avenida Ipiranga a mais citada neste ranking, aparecendo quatro vezes dentre os 13 cruzamentos com mais acidentes.

Segundo Marcelo Hansen, diretor técnico da EPTC, vias com maior circulação de veículos — como a Ipiranga — tendem a apresentar mais ocorrências. Também influenciam fatores como falta de manutenção do veículo, geometria desfavorável da via (como uma curva muito fechada, sem visibilidade adequada) e questões comportamentais do condutor, como a distração.

De acordo com Hansen, é importante frisar que os cruzamentos que lideram o ranking de acidentes têm semáforo, ou seja, há sinalização — que nem sempre é respeitada:

— Temos observado que na pandemia o pessoal tem desrespeitado muito a sinalização. Em sua grande maioria, os acidentes foram ocasionados por alguma distração do condutor, que talvez estivesse no celular, ou quis ganhar tempo avançando no sinal, o que coloca a própria vida e a dos outros em risco — adverte.

Jefferson Botega / Agencia RBS
Cruzamento entre a Avenida Ipiranga e a Rua Dr. Salvador França foi o que registrou acidentes mais graves

Ao contrário da colisão do início da semana, nenhuma das 114 ocorrências resultou em morte. De acordo com a EPTC, 228 veículos se envolveram nesses acidentes – entre eles, 175 automóveis, 22 motocicletas, 20 caminhões, nove ônibus e lotação e duas bicicletas.



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