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Coluna da Maga

Magali Moraes: curtas ou compridas?

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

02/09/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS

Será que todas as mulheres gostam de usar unhas compridas? Longas e pontiagudas? Quadradas e igualmente quilométricas? Estou aqui pra ser a exceção da regra. Até porque os padrões existem pra serem quebrados em pedacinhos (ao contrário das unhas). É moda? É sexy? No imaginário coletivo, unhas compridas estão associadas à feminilidade e ao poder. Inclusive as próprias mulheres devem concordar, senão não veríamos tantas unhas postiças por aí. Nada contra, mas não é pra mim.

Não consigo me imaginar com unhas que alcançam mais que dois milímetros. Já quero logo cortar. Parecem mato crescendo na ponta dos dedos. Minha implicância com unhas compridas surgiu por uma questão de segurança. Usei lentes de contato por décadas, e a última coisa que eu queria era furar os olhos tentando colocar ou tirar as malditas. Às vezes, a situação ficava tensa na frente do espelho. Nunca mais deixei crescer. Aliás, se eu pudesse, saía na rua cortando as unhas de todo mundo (a louca).

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Tosa

Essa mania de tosa me causa problemas técnicos. Sempre corto mais curto do que deveria, e algumas colunas são particularmente sofridas de digitar. Como dói sentir as vogais encostando na carne. Idem as consoantes. Aquele dedo latejando. Depois de tosar e lamentar, prometo pra mim mesma que não faço mais isso. Jura! Quando dá certo, fica lindo. Quem disse que unha curtinha não combina com esmalte forte? Até vermelho pra quem curte. E dificilmente ela vai quebrar de repente. 

Que é mais higiênico, eu tenho certeza. E bem mais prático. De que outra forma daria pra catar tantos inços na grama? É minha terapia praiana. Se eu usasse unhas compridas, seria complicado. Só tem um detalhe. Terra preta mancha as unhas, não importa o comprimento. Corta mais um pouquinho que sai tudo. Aiii. Cumprimentar alguém vai ser um problema. Mas não adianta. Minhas unhas são baixinhas como eu. Feminilidade e poder a gente garante de outras formas, né, meninas?



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