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Coluna da Maga

Magali Moraes: primavera e friorentos

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

23/09/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Não é porque o inverno terminou oficialmente que a gente vai se ver livre do frio. Desculpe ser tão realista. A menos que você more lá pra cima nesse país que é muitos em um só, primavera ainda significa instabilidade meteorológica. Eu não sou pé frio, veja bem. Mas ainda sinto os meus gelados. Até quando os chinelos de dedo vão esperar as pantufas entrarem em hibernação? As camisetinhas querem sair pra passear. Os braços desbotados precisam pegar sol. Idem cotovelos e canelas.

Estou indo por partes, como você já percebeu. Nem pensar tomar banho de mar ou de piscina. Seria pneumonia na certa. Poder guardar as lãs é um alívio. Pra mim, o momento divisor da nova estação é tirar das camas os cobertores pesados. Cedo demais pra dormir só com lençol. Na calada da noite, a friaca te pega de jeito. Deixa uma mantinha leve sempre por perto, tá? Os passarinhos já estão cantando alto no amanhecer. Mesmo assim, um banho quentinho vai bem pra despertar.

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Lareiras 

Será que sou a única friorenta e todo mundo já desligou as lareiras e fogões à lenha? Quero ver alguém levantar o braço e dizer "Maga, eu tô dormindo de meia". Bolsa de água quente? Agora deixa pra cólicas e dores musculares. Vinho tinto pode sempre, vai por mim. A semana aqui em Porto Alegre começou com um ventinho gelado. Logo mais esquenta. Aproveita pra usar uma das peças mais charmosas que já inventaram: a echarpe. Joga uma nos ombros enquanto dá pra ser chique.

Primavera é a natureza preparando a gente pro calor do verão. Anoitece cada vez mais tarde, os dias vão treinando a esticar. Por enquanto, colocar gelo no copo é uma opção. Se a chaleira esquentar demais a água pro chá, ainda dá pra tomar. A turma do chimarrão vai seguir queimando a língua. E eu seguirei buscando um casaquinho pra combinar com a fresta aberta da janela. Não demora os desodorantes serão absolutamente necessários. Tchau, sopa e quentão. Bem-vinda, piada da prima Vera.



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