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Coluna da Maga

Magali Moraes: rir com séries antigas

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

14/09/2020 - 10h13min


Fernando Gomes / Agencia RBS

Dá pra achar graça da mesma piada 20 anos depois? Tenho comprovado que sim. Se for uma piada contada ao vivo, depende de quem conta. Algumas pessoas são engraçadas até lendo bula de remédio em voz alta. E se as piadas forem de um seriado antigo que te fez rir muito lá nos antigamentes? Será que aquela boa lembrança condiz com a realidade atual? Nossa memória pode ter registrado gargalhadas que só faziam sentido naquela época. O humor precisa de contexto.

Pra me distrair no começo da pandemia, busquei o conforto de séries já vistas e que me trariam a alegria de rever personagens queridos. Rir de novo com eles seria uma forma segura de esquecer as incertezas da vida. Gargalhada e nostalgia, ô dupla! Copiei essa grande ideia da prima Márcia, que já estava maratonando todas as temporadas de Seinfeld no serviço de streaming Amazon Prime. Com Jerry, George, Elaine e Kraemer, minhas noites ganharam leveza. Piada boa tem validade prolongada, por mais que o mundo mude.

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Nada

Se você nunca assistiu, eu recomendo. É uma série sobre nada, como eles mesmos explicam. Nada em especial, só a vida cotidiana. Tipo assim essa coluna, onde vários nadas que passariam batido ganham atenção. Bom, mas eu não sou humorista. Jerry Seinfeld, sim. Suas piadas não envelhecem porque são inspiradas no dia a dia, onde qualquer pessoa se identifica. Pra ele, tudo vira “material”. É saber rir das situações inusitadas que a vida nos apresenta. É não se levar tão a sério.

Os seriados antigos nos arrastam pelo túnel do tempo e arrancam boas risadas ao mostrarem roupas e cabelos que já foram moda um dia. A gente vê cada coisa! Engraçado como as piadas seguem fresquinhas, enquanto o visual é pura naftalina. Me divirto observando cada detalhe. E corro pro Google pra pesquisar como os atores estão hoje. Tem muita novela reprisando, dá pra rir igual (e chorar também). Equilibrar séries antigas e novas é a pedida. Sem graça é acompanhar a tristeza das notícias.



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