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Coluna da Maga

Magali Moraes: vai um cineminha aí?

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

30/10/2020 - 12h48min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Que ano esquisito, gente. Amanhã outubro nos dá tchau, acelerando a chegada do final do ano. A decoração de Natal em breve invade as vitrines, e os lojistas apostam todas as fichas nas cartinhas de pedidos para o bom velhinho. Tanto desemprego e negócios quebrados. Conseguiremos comprar os presentes como antes? Um belo presente não seria terminar 2020 com saúde? Respirar aliviado só se for de máscara. E se o bigode suar, aguenta firme porque no verão vai suar mais ainda.

É impressão minha ou pararam de medir nossa temperatura na entrada de lojas e supermercados? O álcool em gel segue lá, porém nem tão disputado. E agora reabriram as casas de show e cinemas. É um recomeço gradual com todos os protocolos de segurança (dizem). Daí eu me pergunto: dá pra relaxar no escurinho do cinema? O problema é ser lugar fechado. Não sei você, mas pra mim pandemia rima com claustrofobia. Vai abrir a porta pra circular o ar, entra o som da sala ao lado.

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Cochichar

E tem as conversas paralelas, sempre elas. Com máscara, a gente fala mais alto pra ser compreendido. Então esquece cochichar no ouvido. Pra comer pipoca (e bala, qualquer gordice), tem que tirar a máscara. Provavelmente ela vai passar o filme inteiro pendurada no queixo ou orelha. Por isso, concluo que a nova cena de terror vai ser alguém espirrar por perto. Tá assistindo comédia? Virou drama. Tá vendo filme de detetive? Pode bancar o Sherlock pra descobrir se foi rinite ou coronavírus.

Eu sempre amei ir ao cinema, especialmente em lançamento de comédia romântica. Mas, por enquanto, perdeu o clima. Não quero me expor à toa pra assistir a um final feliz. Talvez eu preste mais atenção nos aglomeramentos das cenas do que na trama. Também sou dessas que choram fácil no cinema. É certo que vou alagar a máscara. Nas grandes histórias de amor, o que a gente mais quer é que o casal fique junto. Nesse momento, eu torço mesmo é pela separação de corpos. Te cuida aí. 



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