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Seu Problema é Nosso

Família de nadadora paralímpica faz vaquinha para compra de prótese nova

Emilly Terra Fritsch, de Alvorada, precisa de um suporte que corresponda ao seu tamanho

25/01/2021 - 11h01min

Atualizada em: 25/01/2021 - 11h08min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Vida de Emilly passou por uma grande transformação

Aos oito anos, em 2017, Emilly Terra Fritsch, de Alvorada, teve que enfrentar um diagnóstico difícil. Devido a uma infecção hospitalar, a menina passou pela amputação da perna direita para poder viver. Além do membro, que foi cortado abaixo do joelho, ela perdeu os dedos do pé esquerdo. Hoje, com 12 anos e uma vida ativa, em especial no esporte, Emilly precisa de uma prótese nova.  

– Tudo começou quando ela teve uma torsão no pé e sentia uma dor que não passava. Levamos ao Centro Clínico Gaúcho, depois no Cristo Redentor e, por fim, quando ela já não comia mais de tanta dor, levamos à Santa Casa. Lá, ela foi diagnosticada com uma bactéria hospitalar generalizada e ficou internada – relembra a mãe de Emilly, a vendedora autônoma, Josiane Hanzen Terra, 29 anos.

Conforme Josiane, a filha ficou em coma, sofreu paradas cardíacas e teve várias complicações ao longo do período internada. Para evitar que a infecção piorasse o quadro de Emilly, os médicos optaram por amputar a perna. 

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– Foi um tempo bem delicado. Todos os dias era uma correria, e não me davam esperança de que ela sobreviveria – conta a mãe. 

Contrariando a avaliação médica, após alguns meses, Emilly teve alta do hospital. 

Adaptação

O choque de Emilly com a perda de parte da perna foi um momento de silêncio, conforme a mãe relembra: 

– No dia em que contamos para ela, a psicóloga explicou o motivo. Ela ficou calada, sempre foi muito adulta, precisou processar. No outro dia, falou para médica: “Se é para eu viver, que tirem a minha perna”. 

Josiane descreve a filha, agora adolescente, como uma menina que é “para frente”:

– Ela se aceita, não esconde a perna. Gosta de ir para a escola de bermuda. Por ela ser assim, tão vencedora, merece uma prótese nova, que permita que ande de bicicleta, faça suas atividades sem dor e viaje para os campeonatos. 

Crescimento

A prótese atual causa incômodos e até ferimentos, pois não corresponde ao seu tamanho.

– A troca é urgente, porque machuca os ossos, a tíbia e a fíbula. Em 2019, ela teve que fazer outra cirurgia para cortar um pedaço do osso, pois está crescendo. Agora, com essa prótese, ela anda mancando. Imagino que a dor é a mesma de quando usamos um sapato apertado, só que pior. 

Para a nova prótese, que é mais moderna e articulada, a família de Emilly precisa arrecadar cerca de R$ 30 mil – valor total da vaquinha online. Até ontem, a arrecadação estava em R$ 4 mil

– Essa prótese é muito cara, e não possuímos condições financeiras de adquiri-la. Qualquer valor já ajuda muito – destaca Josiane.

Sonhos de uma jovem nadadora

Emilly tem uma rotina de treinos de natação paralímpica na equipe do Grêmio Náutico União e Esporte +.

– Ela se encontrou na natação. Os treinadores até querem levá-la para competições, estão apostando tudo nela e, por isso, precisa de uma prótese adequada para esses deslocamentos – explica Josiane. 

Questionada sobre o sentimento que a natação lhe oferece, Emilly se expressa em poucas palavras: 

– Quero ficar melhor e conseguir fazer as viagens para competir. 

Entre os sonhos de Emilly está conhecer a influenciadora digital Paola Antonini, que também não tem uma das pernas e usa próteses coloridas.

– Quero muito conhecê-la. Já tentamos fazer uma perna como a dela com E.V.A, mas não deu certo – conta, bem-humorada. 

COMO AJUDAR

 /// É possível doar por meio da vaquinha

/// Depósitos podem ser feitos na conta poupança de Emilly: banco Caixa, agência 1437, conta 000849129396- 3. 

/// Também é possível transferir valores por Pix, pelo número de telefone 51991575616 (Josiane). 

Produção: Caroline Tidra

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