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Coluna da Maga

Magali Moraes e a batalha de latidos

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

22/01/2021 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Quando dois cães começam a latir um pro outro, socorro! Haja tímpanos pra aguentar. Antes fosse uma batalha de rimas, que é mais musical. No mundo animal, a disputa de território acontece no latido mesmo. Um late avisando que é brabo. Em resposta, o outro cachorro late de volta informando que é mais ainda. E assim é criada uma sinfonia dos infernos. Ah se fosse um auuuuú uivando pra lua. Pelo menos existe alguma poesia. Mas não. É ensurdecedor. Eles não cansam? Não perdem a voz? 

Cadê a tecla Mute pra tirar o som dos latidos? Onde estão seus donos pra fazer eles se aquietarem? Até quem tem pet educadinho em casa se irrita com a função. Criança aprendendo a tocar flauta doce é menos massacrante. Sei bem, já passei pela experiência duas vezes. "Ah, Maga… mas tu não gosta de cachorro." Vamos esclarecer: tenho medo (tecnicamente se chama fobia). E eles nem precisam latir. É só ameaçarem vir em minha direção. Nessas horas, o grito mais alto realmente é o meu.

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Paz

Agora a sagrada paz do lar doce lar é coisa séria. A gente paga os boletos em dia, acha que vai descansar e não consegue. No último final de semana, dois cachorros separados por poucas casas (a minha era uma delas) travaram uma dessas batalhas ininterruptas de latidos. Bastava um abrir a boca pro outro revidar. No fíndi anterior, deixaram um desses cães sozinho o dia inteiro em casa. Enquanto seus donos ouviam o doce barulho do mar, o coitado latia sem dar folga pros nossos ouvidos.

Já que os pets hoje em dia são tratados como filhos, então que os pais dessas crianças peludas as eduquem. E sejam educados juntando seus cocôs na grama dos vizinhos. Coloquem coleira nos espaços públicos e evitem que seus bebês entrem na casa dos outros (imagina o meu susto). Na batalha dos latidos, cheguei a uma conclusão. Ou meus vizinhos nem ligam se perturbam o sossego da rua. Ou seus ouvidos já estão tão acostumados com barulho de latido que eles nem escutam mais.  



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