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Lá em Casa

Cris Silva: "As emoções da pandemia"

Colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas-feiras

05/03/2021 - 05h00min

Atualizada em: 26/03/2021 - 14h41min


Agência RBS / Agência RBS
Cris Silva

Esta semana, mais uma vez nessa pandemia, eu precisei parar e respirar fundo. Contei até mil, pedi pra Deus um pouco mais de paciência e de tranquilidade para enfrentar os dias, porque não está fácil. As últimas notícias, sobre a falta de leitos de UTI, deixou todo mundo em pânico, o comércio e vários serviços fechados mais uma vez. Isso tudo traz medo e insegurança. A rotina de muitas famílias, que estavam mais ou menos organizadas, cai por água a baixo com todas essas restrições – com escolas fechadas, enfim... Faltam alternativas e sobram emoções por tudo isso que estamos vivendo.

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Aprenda com cada uma das emoções

/// RAIVA: nos motiva a mudar e a lutar por justiça. A raiva é uma emoção importante, nos prepara para reagir, não para refletir. É possível canalizá-la de forma produtiva e expressá-la proporcionalmente. “Respire, desabafe com um amigo, chute uma almofada, rasgue papel... permita que sua raiva ecoe em um lugar seguro, isso é saudável. Passado seu pico, a razão volta a operar na solução do problema.”

/// TRISTEZA: reforça os laços sociais. Em doses calibradas, ela promove reparação, reflexão, estímulo à mudança e novos atos produtivos. Para isso, ouça-a, ela é sábia e sinaliza valores que são importantes para você.

/// ALEGRIA: podemos dizer que a alegria é o reverso da medalha da tristeza. Retraímos na tristeza e expandimos na alegria, que ativa o sistema de recompensa. Ela nos deixa hiperativos e aumenta nossa disposição. É uma emoção de expansão, logo, facilita a interação social, promove satisfação no convívio e fortalece laços.

/// SURPRESA: ela é a queridinha do ineditismo da vida. Tão fugaz quanto inesperada, é a mais breve de todas as emoções. Ela facilita a curiosidade e a aprendizagem, chegando a afetar as crenças sobre os acontecimentos.

/// MEDO: nos afasta das ameaças, acionando o objetivo de fugir do perigo ou lutar contra ele. Se você não sentisse medo, sua longevidade correria risco. O medo nos protege da exposição à situações perigosas.
/// A pandemia trouxe um medo novo, que exigiu nossa adaptação ao nunca antes vivido. Perdemos amores, vivemos dores, aprendemos a valorizar prazeres cotidianos. Despertou a consciência da fragilidade da vida em contraste com a nossa vontade de lutar por ela. 

Fonte: psicóloga Ana Rizzon 

Antônio Prado / YAY Images
O medo é sensação comum nestes dias

#DICA DA CRIS

Quero compartilhar com vocês uma dica que pode ajudar nesse momento tenso que estamos passando. Meditar! 

A prática regular ajuda a reduzir o estresse, diminui sintomas depressivos, controla a ansiedade, potencializa o autoconhecimento, aumenta o poder de concentração, reduz a perda de memória, amplia as emoções positivas e pode ajudar a reduzir vícios.

Te convenci? Então, arruma 10 minutinhos só pra ti, baixa um app e aproveita. Na lojinha do celular tem vários gratuitos. Um dos mais indicados para iniciantes é o “Sattva”.

Pérola
– Filha, me conta um acontecimento do dia que você mais gostou?
– Brinquei bastante, mãe.
– Agora, um acontecimento que não gostou muito.
– Fiquei cansada!
Luiza, três anos



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