Sistema de saúde sob pressão
Fila por leito de UTI cresce em Porto Alegre: 371 pessoas aguardam vaga
Taxa de ocupação geral nas unidades de terapia intensiva é de 116% nesta terça-feira (16)
Em patamar muito alto, a situação das unidades de terapia intensiva (UTIs) de Porto Alegre nesta terça-feira (16), com relação ao número de internações por covid-19, se mantém a mesma registrada na segunda-feira (15). Há 820 enfermos com diagnóstico positivo para o coronavírus recebendo cuidados especializados.
A fila de espera por um leito de UTI, porém, teve crescimento e é composta por 371 pessoas, 56 a mais do que na segunda-feira. Do total, 317 pacientes estão sendo tratados em leitos de emergência e 54 em unidades de pronto atendimento (UPAs).
Quanto aos óbitos na Capital, o departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que, entre 1° e 15 de março, 306 pessoas morreram de covid-19 ou por complicações da doença. É o maior número de mortes na cidade em um período de 15 dias desde o início da pandemia, um cenário que acompanha o que é visto em todo o Estado. Para que se faça uma comparação, há cerca de um mês, entre 31 de janeiro e 13 de fevereiro, foram 117 óbitos por coronavírus na cidade.
Conforme os dados do painel de monitoramento mantido pela SMS, consultado por volta das 15h, a taxa de ocupação geral de UTIs de Porto Alegre é de 116% e apenas seis dos 18 hospitais monitorados pelo órgão municipal estão operando abaixo da linha dos 100% de ocupação. O Hospital da Restinga ainda não havia atualizado seus dados. As instituições que têm maiores índices de superlotação nesta terça são o Hospital Fêmina, com 166% e o Moinhos de Vento, com 160%.
Não há camas de UTI livres e o número atual de leitos operacionais para tratamento intensivo na Capital é de 1.007. Há 1.163 doentes graves, parte deles recebendo cuidados intensivos em leitos de retaguarda.