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Cris Silva: "Vamos falar sobre compulsão alimentar?"

Colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas-feiras

23/04/2021 - 11h10min


Agência RBS / Agência RBS
Cris Silva

Esses meses todos de pandemia têm nos tirado do eixo, né? A sensação é que a gente vai se adaptando como dá e, acreditem, nem sempre vamos conseguir acertar e fazer o que é melhor para nós e para nossa família. Mas temos que tentar. Esta semana, um estudo divulgou que as crianças estão comendo mais besteiras na pandemia. Aqui no Brasil, segundo o IBGE, uma em cada três crianças, entre cinco e nove anos, está acima do peso. Mas como saber se o excesso de apetite dos pequenos é normal e como tratar? A especialista em emagrecimento focado no tratamento de crianças obesas Edivana Poltronieri dá algumas dicas.

Gula ou compulsão

"Existem dois cenários de obesidade infantil. Há crianças que comem demais e há aquelas que têm compulsão alimentar. Se o problema for a gula, há como tratar com mudanças sutis nos hábitos da família, como estabelecer uma rotina alimentar, evitando que os pequenos comam a todo momento, e estimular a alimentação saudável."

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Menos eletrônicos

Para evitar que a nova rotina provoque distúrbios alimentares e resulte na compulsão, o melhor remédio é manter a criança e a família ativas, a começar por envolver os pequenos em atividades da casa. "O 'trabalho' da criança deve ser o brincar. É importante que os adultos se empenhem em envolver a garotada em atividades que tirem ela frente da TV e dos eletrônicos."

Obesidade infantil: um alerta

Fique de olho

É importante a família observar se o pequeno não está usando a comida para descontar tensões emocionais e frustrações, mais ainda nesse período de tantas mudanças na rotina e confinamento. "Quando a criança está estressada, irritada, triste, ela tende a descontar na quantidade de comida, abusando de doces, e isso é caracterizado como compulsão alimentar".

Criança deve se mexer

Outra recomendação da profissional é colocar a criança para gastar energia, através de brincadeiras livres, como estátua, pular amarelinha, rodar o bambolê, jogar bola, dançar ou tocar um instrumento. Mas vale lembrar que não só o corpo, mas a mente deve ser estimulada, “por meio de atividades educativas. Invista em jogos de caça-palavras, pinturas e desenhos, quebra-cabeça”.

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Pérola
– Papai quando eu crescer, eu não quero trabalhar duro. Eu quero trabalhar fofo.
Lívia, dois anos



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