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Campanha de imunização

Secretarias municipais esperam iniciar vacinação de professores contra covid no RS até o final do mês

Conselho avalia que parte dos municípios conseguirá atender grupos restantes nos próximos dias e avançar aos educadores

24/05/2021 - 09h11min

Atualizada em: 24/05/2021 - 09h11min


Marcelo Gonzatto
Marcelo Gonzatto
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Antonio Valiente / Agencia RBS
Antes dos educadores, outros grupos com perfil prioritário deverão ser atendidos

O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems/RS) estima que parte das prefeituras gaúchas dará início à imunização de trabalhadores da educação contra o coronavírus ainda neste mês. A estimativa é mais favorável para aquelas cidades que não contam com estruturas prisionais, que estão à frente das escolas na fila pelas doses.

— Com o avançar dos grupos (prioritários), entendemos que, nesta semana, a maioria dos municípios deve começar (a imunizar professores). Nossa estimativa é essa — afirma o presidente do Cosems/RS e titular da Saúde no município de Canoas, Maicon Lemos.

Pela estimativa oficial, o Rio Grande do Sul tem cerca de 194 mil trabalhadores da educação. Dentro desse perfil, deverá ser contemplado primeiro quem atua no Ensino Básico (creches, pré-escolas, Ensino Fundamental, Médio, profissionalizante e EJA) e na sequência o Ensino Superior.

Antes dos educadores, porém, devem receber a primeira injeção as pessoas com comorbidades (já em atendimento avançado por faixa etária), a população com deficiência, moradores de rua e quem integra o sistema de privação de liberdade (detentos e funcionários). 

Das cerca de 1,1 milhão de pessoas com comorbidades, o painel estadual de imunizações indicava, até o final da tarde deste domingo (23), que 411 mil receberam a injeção inicial. Eventuais atrasos nas notificações por parte das prefeituras podem distorcer essa estatística. Mas, pela informação oficial, teoricamente restariam 740 mil aplicações iniciais a fazer. Esse universo, somado ao público com deficiência, em situação de rua ou nas prisões soma (cerca de 479 mil), resulta em algo ao redor de 1,2 milhão de primeiras doses pendentes.

O mesmo painel indicava que o Estado aplicou 4,18 milhões das 5,9 milhões de doses recebidas — haveria, portanto, 1,7 milhão disponíveis ou com demora no registro. Embora a análise dos números indique que ainda faltaria muito para contemplar integralmente todos os grupos à frente dos trabalhadores da educação, na prática cidades como Porto Alegre estão concluindo a oferta de primeira dose no grupo das comorbidades e já começaram a imunizar pessoas com deficiência. Por isso, com base na experiência concreta de muitas localidades do Estado, Lemos acredita que será possível chegar em poucos dias aos trabalhadores da educação. 

Segundo o presidente do Cosems, os secretários de saúde contam também com a distribuição de mais 100 mil doses de imunizantes da Pfizer, que terá início nesta segunda (24), para seguir avançando nos grupos que faltam e alcançar os professores. A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que esse lote da Pfizer seja usado preferencialmente em pessoas com deficiência, com comorbidades e gestantes. Nem todo o volume será repassado às prefeituras imediatamente porque muitas ainda têm produtos da Oxford/AstraZeneca ou da CoronaVac, ou estão terminando de treinar profissionais para trabalhar com o material da Pfizer.


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