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CANOAS

Com sequelas de um acidente, mulher busca apoio médico para conseguir cirurgia

Quando tinha 11 anos, um caminhão bateu em Aline e a deixou com deficiência na perna esquerda

14/06/2021 - 11h00min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Aline fala que, apesar das dificuldades de enfrenta, a positividade a fortalece

Ainda na infância, Aline de Oliveira Rodrigues, 36 anos, moradora do bairro Olaria, em Canoas, teve sua vida modificada por um acidente. Ela se tornou deficiente física e precisou adaptar-se às novas necessidades. As idas a hospitais e sessões de fisioterapia foram parte de sua trajetória, e as sequelas permanecem. Ela, que sempre aparece sorrindo em fotos por acreditar que a positividade a fortalece, deseja passar por um procedimento cirúrgico que poderá fazer com que volte a caminhar sem sentir dor.

Quando tinha 11 anos, Aline andava em uma das ruas de sua cidade quando um caminhão de cargas, ao fazer uma curva muito fechada, esmagou sua perna esquerda. Ela precisou passar por uma série de procedimentos para não perder o membro. Houve um encurtamento de 13 centímetros na perna, e a primeira etapa de seu tratamento foi corrigir esta diferença. 

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Na época, o SUS não disponibilizava os fixadores externos – aparatos de metal utilizado para fazer o alongamento e a correção de fraturas ósseas. Sem condições para bancar o custo do fixador, Aline conta que a família foi para as sinaleiras pedir ajuda. Nas ruas, conseguiram o valor para realizar o procedimento. Com o tempo, e após várias sessões de fisioterapia, ela conseguiu voltar a andar, mas, o médico que a acompanha desde o ocorrido já a alertara de que havia a tendência de voltar a ter complicações. 

Operação  

Ao longo dos anos, com a constante e natural pressão que o peso do corpo exerce nas pernas, o pé esquerdo de Aline encolheu, e seus dedos atrofiaram. Hoje, ela sente dores fortes e não consegue ficar em pé por muito tempo. Isso a tem impedido de conseguir emprego e tirou sua autonomia. 

Em suas idas a hospitais, ficou sabendo de que havia a possibilidade de tentar reconstruir seu pé. Porém, é uma operação delicada, que envolve diferentes especialistas, como traumatologista e cirurgião plástico, para tratar de seus tendões.  

– Foi quando levei um susto: o médico falou que é um tratamento que levaria muito tempo, e que o valor não será abaixo de R$ 500 mil. Eles disseram que tem chance sim, mas é muito delicada. O que quero é minha dignidade. Poder trabalhar, poder estudar. Tranquei tudo na minha vida – declara Aline. 

No SUS, ela comenta, a reconstrução não é considerada pelos médicos. É que, pela complexidade da operação, há o risco de, no meio do tratamento, ocorrer a necessidade de amputar. E, então, a amputação direta é a única alternativa que recebe deles.

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
O sonho de Aline é voltar a correr

“Quero parar de sentir dor” 

Aline sempre fez escolhas contrárias à amputação. Em 2007, para não perder seu membro, fez uma redução de estômago. Ela era obesa, o que causava mais pressão na perna e piorava seu quadro de saúde. 

Em 2017, precisou trancar a faculdade de Gestão de Recursos Humanos, e hoje não pode assumir empregos que surgem por não conseguir ficar em pé muito tempo. O filho mais velho, autista, é quem a ajuda nas tarefas do dia a dia. Apesar das dificuldades, ela conta que aprendeu a investir em sua autoestima para seguir: 

– Aprendi a me amar. Por isso, estou sempre sorrindo. Por mais que seja difícil levantar (devido às dores), vou sempre seguir sorrindo. Agora, só quero parar de sentir dor, poder calçar os sapatos que eu quiser e realizar meu sonho, que é correr. 

Aline decidiu não fazer vaquinhas. Seu desejo é encontrar profissionais que aceitem assumir o seu caso. 

Para conhecer Aline e saber mais sobre sua história, entre em contato pelo telefone (51) 99957-4241.

Produção: Émerson Santos



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