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 Cris Silva: "Teste do pezinho: tem que fazer"

Colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas-feiras

16/07/2021 - 09h09min

Atualizada em: 16/07/2021 - 09h10min


Agência RBS / Agência RBS
Cris Silva

Vivemos tempos difíceis. Tempos onde a informação chega de todos os lados e a desinformação, também. São milhares de notícias falsas, as famosas fake news, disseminadas todos os dias pelas redes sociais, pelos grupos de WhatsApp e parece que tudo que rola nesses ambientes nada confiáveis acabam enganando e confundindo muitas pessoas. E lá se vai a verdade e o bom senso. 

Outro dia, na fila do supermercado, duas mulheres conversavam sobre o teste do pezinho, feito em recém-nascidos e que é capaz de detectar algumas doenças. Uma das mulheres dizia, “mas furam o pé dele com menos de uma semana de vida... um crime. Já falei pra ela, não inventa, não pode deixar”. Ah, gente, como eu queria me meter no papo para tentar explicar, mas travei e respeitei o espaço alheio. Por sorte, a outra mulher, completou: “ela vai fazer sim, foi muito bem orientada pelo marido e pelo médico”. Ufa!

Como ainda não tinha falado no teste do pezinho aqui na coluna, achei importante trazer o assunto até porque recentemente tivemos um grande avanço nesse exame.

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Saiba mais

Fernando / stock.adobe.com
Exame ajuda na identificação de doenças

O que é?

/// “Teste do Pezinho” é o nome popular dado ao teste de Guthrie. Trata-se de um rastreamento para diagnosticar crianças portadoras de doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas precocemente. É realizado através de uma pequena amostra de sangue retirada do calcanhar de recém-nascidos. O teste identifica distúrbios e doenças que podem afetar a saúde do bebê antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas e promove o rastreio de diversas doenças genéticas (herdadas do pai ou da mãe) e congênitas (durante o desenvolvimento no útero) mais difíceis de identificar. Segundo a geneticista Ana Maria Martins, “quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de garantir uma melhor qualidade de vida para o paciente.” 

Mais doenças detectadas 

/// O teste do pezinho, feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), detectava apenas seis doenças, mas com a nova lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, no último mês de junho, esse número será ampliado, progressivamente, até atingir 53 doenças. Na rede particular, o teste do pezinho ampliado já estava disponível. O custo, entretanto, é alto e inacessível para grande parte da população.

O que muda?

/// O teste disponibilizado pela rede pública antes da nova lei, auxiliava na descoberta de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, deficiência de biotinidase, fibrose cística, anemia falciforme e hiperplasia adrenal. Com a sanção presidencial da lei, a partir de 2022, o teste do pezinho incluirá diversos distúrbios, como toxoplasmose congênita, galactosemias (nível elevado de galactose no sangue) e imunodeficiências primárias, que são problemas genéticos e no sistema imunológico, onde está incluída a Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Acompanhamento sempre 

/// O teste do pezinho não consegue diagnosticar todas as doenças, sendo de extrema importância continuar as visitas ao pediatra. 

Pérola
Oi, me conte, quando você completa 5 anos?
No meu próximo aniversário, tia.
(Lucas, 4 anos)



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